A 26ª Competição Baja SAE Brasil começa quarta-feira (11), em São José dos Campos (SP), e a Javalis Baja, da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), representa Mato Grosso do Sul na competição. Este ano, o evento automobilístico reúne 73 equipes que virão de faculdades de 13 estados.
Campeão em 2003 com a EESC-USP (Escola de Engenharia de São Carlos-SP), Daniel Laporte, discente da UCDB, acompanhará os acadêmicos Caio Dias Silva, Guilherme Melo dos Santos, Lucas Previtali Marin, Vicente Sanches, Pedro Augusto Alcântara, Felipe Corrêa de Almeida e João Vitor Buso.
“Inicialmente nós enviamos o projeto do carro para a SAE Brasil, lá eles fazem a avaliação, e nos dão o feedback com as notas”, pontuou Caio, 21 anos, acadêmico e um dos pilotos da equipe Javalis Baja, durante a apresentação do veículo na manhã desta sexta-feira (6), no campus da UCDB, em Campo Grande. À reportagem de O Estado MS, segundo o estudante, durante os três primeiros dias de competição, os veículos passam por testes. Entre eles, o de frenagem, tração, velocidade, conforto, suspensão, e somam pontos para que possam competir na categoria Enduro, no dia 15, última fase do evento.
Há quatro anos consecutivos no torneio, a agremiação busca de maneira inédita, chegar a fase final. ”Os carros que não passarem nos testes anteriores, não competem no enduro. A equipe que suportar quatro horas ininterruptas do circuito com lama, troncos, superar as dificuldades do trajeto e possuir o melhor somatório de pontos durante todos os testes, leva o campeonato”, explica Dias. Estudante de Engenharia Mecânica e também piloto da equipe, Lucas, 27, diz que a expectativa do grupo é justamente estar entre os finalistas.
Projeto é financiado pela instituição e montagem do carro custa entre R$ 10 mil e R$ 15 mil
Padronizado em suas medidas, os veículos da competição são capazes de suportar pilotos com 109 kg e com até 1,90 m. ”Existem as especificações mínimas de tubos, equipamentos, enfim…Se eu quiser fazer um carro com tubos de alumínio, eu posso fazer; nós usamos aço que é mais barato, mas eu posso fazer de alumínio”, salienta Dias.
Jeandro da Costa, 32, mestre em Engenharia Elétrica, discente da universidade que auxilia os estudantes no projeto, confirma que o financiamento do projeto desenvolvido na UCDB é viabilizado pelos próprios envolvidos, e que aceita patrocinadores. ”Um carro desse custa em média R$ 10 mil, R$ 15 mil”, enfatiza Costa.
Acadêmicos de outros cursos podem participar da construção do projeto. “Alunos de Direito nos auxiliam com a interpretação do regulamento, relatórios, por exemplo. Ano passado acadêmicos de Publicidade nos ajudaram com o marketing também”, completou Dias.
(Texto: Alisson Silva/ Postado no site por: Jéssica Vitória)