SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Fifa divulgou nesta sexta-feira (14) o Relatório Global de Transferências de 2021, documento que detalha as negociações do mercado da bola no último ano. Pela primeira vez desde que a entidade faz o registro, o Brasil não lidera o ranking de nacionalidades em gastos totais em transferências de jogadores.
A negociação de 1.749 atletas brasileiros em 2021 movimentou um total de US$ 468,4 milhões (aproximadamente R$ 2,6 bilhões), de acordo com a publicação. A quantia garante ao país a segunda colocação na tabela, ficando atrás somente da França, cujos representantes foram responsáveis por girar US$ 643,6 milhões (R$ 3,5 bi) em transferências.
Os zagueiros Raphael Varane e Dayot Upamecano foram os dois jogadores francesas cujas transferências mais agitaram o mercado internacional no ano passado, de acordo com o site especializado Transfermarket. A saída de Varane do Real Madrid para reforçar o Manchester United custou 40 milhões de euros (R$ 222 milhões), enquanto ida de Upamecano para o Bayern de Munique foi a mais cara, envolvendo 42,5 milhões de euros (R$ 236 mi).
O relatório da Fifa também informa que 2021 foi o terceiro ano consecutivo de queda nos valores empenhados em jogadores brasileiros. Em 2017 e 2018, negociações envolvendo futebolistas do país foram responsáveis por fazer com que o Brasil ultrapassasse a marca de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bi) gastos em transferências.
O documento registra as negociações de atletas homens e mulheres no futebol profissional e amador. No ano passado, 54.739 transferências foram registradas no mundo. O Brasil ficou no topo do ranking de países com a maior quantidade de jogadores contratados (784) e em segundo na lista de vendas (820), sendo superado pela Inglaterra, que negociou 885 atletas.
Com relação ao dinheiro gasto em transferências, o Brasil ficou longe do top-10 mundial. A lista também é encabeçada pela Inglaterra, responsável por investir quase US$ 1,4 bilhão (R$ 7,7 bi) em contratações. Os clubes brasileiros desembolsaram US$ 53,2 milhões (R$ 293,9 milhões), praticamente a metade de Portugal, décimo colocado nesse ranking.
Entretanto, o Brasil foi o sexto país que mais recebeu pela venda de jogadores, registrando US$ 293,2 milhões (R$ 1,6 bi). A matéria-prima brasileira só ficou atrás, respectivamente, de Inglaterra, França, Itália, Alemanha e Espanha, países que compõem a elite do futebol europeu.