Um dos 12 estádios construídos ou reformados no Brasil para a Copa do Mundo de 2014, a Arena Pantanal completou sete anos de seu jogo de inauguração na última sexta-feira (2). Mais do que a data comemorativa, o ano é importante porque pela primeira vez há uma perspectiva de realização de jogos de elite com frequência no local, graças ao acesso do Cuiabá à Série A do Brasileirão.
Em 2021 a arena passa a ser um estádio que não depende mais de “favores” para ter futebol de alto nível. Fundado em 2001, o Cuiabá Esporte Clube subiu para a Série A junto com Chapecoense, América-MG e Juventude e colocou o Mato Grosso na elite após 25 anos. O time usa o estádio desde a inauguração.
Esforço para ocupar uma arena de Copa
A família Dresch, dona de indústrias de borracha no Mato Grosso e que já havia patrocinado a equipe, comprou a operação do clube em 2009 justamente em razão do projeto da Arena Pantanal e perspectivas de futuro. De alguma forma, uma das iniciativas de Fifa e CBF na época da Copa acabou cumprida com o desenvolvimento do futebol em regiões periféricas. Mesmo que a longo prazo e custo.
No ano inteiro de 2017, o estádio recebeu apenas 22 partidas, o que motivou um processo de “reutilização” de suas áreas, ou seja, aproveitar o prédio público ocioso para alguma função útil.
Atualmente, além dos jogos do Cuiabá e de outros clubes da região metropolitana, a Arena Pantanal abriga a Escola Arena (Escola Estadual Governador José Fragelli, para cerca de 400 alunos do 7º ano Fundamental até o 1º ano Médio), a secretaria adjunta de Esporte e Lazer do Estado, uma unidade do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), um centro de arrecadação de alimentos e também o Centro de Triagem da Covid na capital.
E, como em outras partes do país, o estádio também acabou aproveitado na operação de combate à covid-19. O Centro de Triagem de covid-19 foi instalado desde o início do crescimento do primeiro pico da pandemia, em julho de 2020. O Governo do Estado implantou o espaço para oferecer atendimento e tratamento primário, que inclui a testagem, como forma de evitar o agravamento da doença em pessoas que apresentam sintomas leves
Manutenção abaixo de R$ 4 milhões anuais
A Arena Pantanal é mantida e administrada pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do Estado, e o custo de manutenção anual varia entre R$ 3,6 milhões e R$ 3,8 milhões, sendo a maior parte de energia elétrica. Toda utilização, para partidas ou eventos, é analisada pelo governo, que cobra 8% das receitas de jogos do clube mandante, seja ingresso, bar e afins. Na pandemia, este valor foi a zero, mas o Cuiabá e a Federação Mato-grossense se encarregaram dos cuidados com o gramado.
Com a possibilidade de aumento das despesas devido às demandas da Série A, estão sendo planejadas parcerias com a iniciativa privada para dividir gastos, porque há preocupações com a estrutura do entorno e imperfeições internas.
(Com informações do UOL Esportes)