A menos de um mês, o brasileiro Taison, do Shakhtar Donestk (UKR), foi vítima de racismo durante uma partida do Campeonato Ucraniano, junto com o companheiro de clube Dentinho. No entanto, o infeliz episódio não foi o bastante para minar sua habilidade em campo, e mostra que o “ser jogador”, não se limita a cor de sua pele, já que o atacante foi eleito o melhor jogador da Ucrânia em 2019.
Em um post no Instagram, Taison agradeceu a conquista. “Primeiramente, eu agradeço a Deus por mais essa conquista! Toda a honra e glória devo a Ele! Esse prêmio dedico à minha família e aos meus amigos de longas datas! Nós juntos conquistamos tudo isso! “E não posso deixar de agradecer também aos meus companheiros do Shakhtar, sem vocês eu não conseguiria”, acrescentou o atleta.
No último dia 10 de novembro, Taison havia sido alvo de insultos racistas de torcedores do Dínamo de Kiev. Revoltado com a ação dos torcedores, o jogador brasileiro mostrou o dedo do meio e chutou a bola na direção da torcida adversária. Por causa disso, foi expulso.
Duas semanas depois, a Associação Ucraniana de Futebol confirmou que Taison seria punido com um jogo de suspensão. O clube de Kiev também foi punido e teve de jogar uma partida com portões fechados, além de ter pago uma multa de 500 mil Grívnia (cerca de R$ 87 mil).
A sentença contra Taison foi criticada pela Fifpro (Associação Internacional de Jogadores). Em nota, a entidade disse estar “decepcionada” com a decisão. “Sancionar uma vítima de racismo vai além da compreensão e joga a favor daqueles que promovem esse comportamento vergonhoso.”
(Texto: Julisandy Ferreira com informações da Uol)