Alteração acontece de forma pontual, mas deixa famílias em dúvida
Enquanto algumas escolas municipais recebem alunos nesta quinta-feira (15), em meio às obras atrasadas, outras só devem abrir as portas na próxima segunda-feira (19). Confirmando a notícia já divulgada em primeira mão pelo jornal O Estado, algumas escolas da Capital terão o início letivo prorrogado. Em dezembro a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, confirmou a construção de 166 novas salas de aula em 27 escolas e 17 Emeis, contudo, os trabalhos não foram finalizados e por isso, o retorno foi prorrogado.
Conforme apurado pela reportagem parte das obras não foram concluídas, na tarde de ontem (14), equipe de reportagem do jornal O Estado percorreu diversas escolas municipais e encontrou trabalhadores ainda trabalhando na construção de novas salas de aulas e reforma das unidades.
Na Escola Municipal Abel Freire de Aragão no Bairro Pioneiras, parte do muro está aberto e alguns trabalhadores estão no local, o material de construção ainda está do lado de fora da unidade de ensino.
Já na Escola Municipal Leire Pimentel de Carvalho Corrêa, localizada no Jardim Colibri, salas de aulas estão sendo erguidas, mas ainda faltam a parte de cobertura, janelas, portas e piso.
O pai de uma das alunas, Enryck Sena que tem uma filha que estuda na Escola Municipal Prefeito Manoel Inácio de Souza no Bairro Santo Antônio, contou que foi surpreendido com a notícia do adiamento do início das aulas. A instituição também passa por reforma. “Fui pego de surpresa que aulas na escola da minha filha só retornam na segunda-feira (19), não deram nenhuma explicação, foi informado apenas por mensagens, ficamos sem entender o porquê do atraso”, explicou o pai.
Jornal O Estado já havia noticiado na semana passada que o retorno das aulas municipais seria postergado, pelo fato das construções das novas salas de aulas estarem em atraso.
Na tarde de ontem (14), a prefeitura de Campo Grande confirmou que a Rede Municipal de Educação retorna ao ano letivo nesta quinta-feira, dia 15 de fevereiro, conforme o calendário escolar. Excepcionalmente, algumas escolas voltarão às aulas na segunda-feira, dia 19 de fevereiro, devido à finalização de reformas e ampliações no ambiente escolar. As unidades que retornarão posteriormente estão estabelecendo contato com pais e responsáveis por diversos meios, como ligações, WhatsApp e outros.
“É importante destacar que não haverá qualquer prejuízo ou alteração no calendário escolar dos alunos, uma vez que no ano de 2024 o calendário contempla eventuais ocasionalidades e esses dois dias terão reposição de aula”, pontuou nota do município.
Salas modulares
A Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou que as novas salas que estão sendo construídas para ampliação de vagas na Rede Municipal de Ensino, serão modulares padronizadas, com 48m², o investimento será em 166 novas salas de aula, em 46 escolas, gerando assim 6.600 novas vagas, equivalente a 13 novas escolas em Campo Grande.
As ampliações estão sendo construídas nas sete regiões de Campo Grande, portanto, na região do Anhanduizinho, serão 62 novas salas de aula; no Segredo serão 26; região do Bandeira, 26; Lagoa serão 20 novas salas; Imbirussu 19 e região do Prosa, 13 novas salas de aula, totalizando assim, 166.
A construção faz parte do maior pacote de educação anunciado pela prefeita Adriane Lopes em novembro do ano passado, para dar melhores condições de estudos aos alunos e professores e aumentar o número de matrículas na Rede Municipal de Ensino.
O anúncio de construção de novas salas de aulas se deu após o grande número de vagas nas filas de espera. De acordo com a Defensoria Pública, de primeiro de janeiro a nove de fevereiro, 420 pais procuraram o local para pedir vagas aos filhos, ainda tem 350 solicitações pendentes na plataforma do órgão, ou seja, que não foram atendidas.
Na última semana de dezembro de 2023, o Secretário Municipal de Educação, professor Lucas Bitencourt, afirmou que a ideia é que até dia 6 de fevereiro, todas as unidades já sejam utilizadas, mas o projeto falhou e os alunos estão voltando para as escolas em meio a obras que foram iniciadas já de maneira tardia.
Na época o secretário explicou que o problema das vagas é antigo, já que nunca é zerada e todos os anos, cerca de 112 mil crianças nascem na Capital e com novas famílias se fixando pela cidade o número de alunos do ensino infantil na fila de espera chegou neste ano, aos nove mil.
Por Thays Schneider.
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