Celulares apreendidos em presídios de MS são doados para escolas indígenas

Foto: Divulgação/Ministério Público Estadual
Foto: Divulgação/Ministério Público Estadual

Aparelhos antes usados de forma irregular agora vão apoiar o apreendizado de crianças em Nioaque

Cerca de 200 celulares retirados de circulação dentro de unidades prisionais de Mato Grosso do Sul ganharam novo destino: as salas de aula. Os aparelhos foram entregues a duas escolas indígenas na última quinta-feira (25), em uma ação do Projeto Transforme, iniciativa do Ministério Público de MS com apoio do Tribunal de Justiça e participação da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

As instituições contempladas foram a Escola Municipal Indígena Professor Eugênio de Souza, localizada na Aldeia Brejão, em Nioaque, e a Escola Estadual Indígena Angelina Vicente. A entrega contou com a presença de lideranças locais, policiais penais e representantes do Ministério Público.

A servidora da Agepen Melicia Ruoppoli ressaltou a mudança de sentido que a iniciativa proporciona: “Foi um dia ímpar, que ficará guardado em nossos corações. Participar de algo tão grandioso e saber que aparelhos celulares, antes usados de forma irregular, agora contribuirão para o conhecimento e educação de crianças tão especiais das nossas comunidades indígenas é motivo de orgulho para todos nós”.

O cacique da Aldeia Brejão, Ademar da Silva, também destacou a importância da parceria: “Estamos de portas abertas. Este gesto traz benefícios reais para nossas crianças e demonstra respeito pela nossa comunidade”.

O Projeto Transforme nasceu durante a pandemia, inspirado em uma experiência semelhante no Rio Grande do Sul, quando a falta de equipamentos dificultava as aulas remotas. Com autorização judicial, celulares apreendidos em presídios são formatados por universidades parceiras e redirecionados para estudantes da rede pública, ampliando o acesso à educação e evitando que sejam simplesmente destruídos.

No caso das escolas indígenas de Nioaque, os aparelhos chegam como ferramenta extra para professores e alunos, aproximando tecnologia e ensino em um contexto marcado pela falta de recursos.

*Com informações da Agência de Notícias de MS

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