Cerca de 63,51% dos vendedores de lojas de Campo Grande afirmam que trabalham na profissão por conta do retorno financeiro que a atividade traz. Apenas 27,02% estão no ramo por vocação, outros 6,7% desempenham a função por ser o primeiro emprego e, por fim, 2,7% por falta de opção de trabalho.
Os dados são de uma pesquisa realizada pela CDL-CG (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande) com 370 profissionais da área. Os entrevistados revelaram que a qualificação não é prioridade entre eles, já que 43,24% nunca fizeram treinamentos para atuação no mercado. Outros 18,91% não se lembram de ter feito. Quando questionados se possuem alguma técnica específica para negociação, 76% afirmaram que não e 24% que sim.
Para o presidente da CDL CG, Adelaido Vila, a pesquisa reflete números significativos e que chamam a atenção para a necessidade do investimento nos profissionais. “Nosso setor é o que ainda oferta as melhores oportunidades de rentabilidade e crescimento. O profissional nem sempre chega a uma loja por ter aptidão com vendas, mas em muitos casos se descobre um excelente profissional e é isso que lhe proporciona um ganho melhor.”
Já a presidente da FCDL MS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul), Inês Conceição Santiago, destaca que em razão da importância do profissional no mercado é preciso conscientizá-lo sobre a importância do investimento na carreira. “Acredito que precisamos motivar esses profissionais para que invistam neles mesmos e obtenham resultados que façam a diferença no cotidiano. São profissionais que lidam com consumidores, muitas vezes com alto nível de exigência e eles precisam estar prontos para o mercado.”
Sobre as dificuldades com a profissão, segundo os entrevistados, em primeiro lugar está a negociação e o fechamento das vendas, em segundo está a abordagem do cliente, em terceiro a apresentação do produto, em quarto o pós-venda e em quinto a prospecção do cliente.
Sobre as dificuldades para se trabalhar com vendas, para os entrevistados, em primeiro lugar está o desrespeito do consumidor, depois a redução de ganhos dos últimos tempos e em terceiro lugar a jornada de trabalho. Eles também disseram que as três maiores dificuldades que impactam no desempenho profissional são o custo da alimentação, transporte e ausência de lazer. (Marcus Moura)