Apesar do maior ânimo, também dos analistas de mercado, os riscos permanecem no radar
Quase um ano depois, as ações da Vale recuperaram toda a queda provocada pelo rompimento da barragem de Brumadinho, que afetou o fornecimento global de minério de ferro e provocou críticas da comunidade internacional.
A ação chegou a ser negociada a R$ 56,35 na terça-feira, alta intradiária de 1,9% e acima do preço de fechamento de R$ 56,15 em 24 de janeiro de 2019, um dia antes do rompimento da barragem, que matou mais de 250 pessoas. A Vale perdeu um quarto de valor de mercado no pregão após o desastre, o segundo rompimento de barragem em menos de quatro anos, que também levou a multas, suspensão de dividendos e possíveis denúncias criminais.
Os analistas veem espaço para valorização adicional das ações devido a um potencial aumento dos preços do minério de ferro e “uma boa chance de a Vale restabelecer sua política de dividendos no primeiro semestre de 2020”.
Mas os riscos permanecem. A maior produtora de minério de ferro do mundo ainda tenta normalizar a produção e reconstruir sua reputação entre investidores. Além disso, o Ministério Público deve apresentar denúncias criminais sobre o caso em breve.
(Texto: Lyanny Yrigoyen com Infomoney)