Entidades representativas do setor produtivo encaminharam proposta para equalizar a taxa de juros do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) Rural e Empresarial. Atualmente, as duas modalidades de financiamento recebem tratamento diferente de correção.
Enquanto o FCO Rural tem taxa pré-fixada que gira em torno de 5% ao ano, o FCO Empresarial é corrigido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor-Amplo), além de uma parte pré-fixada, o que pode representar juros finais de até 15% ao ano, tendo em vista a alta da inflação verificada nos últimos meses.
A mudança na forma de cálculo dos juros do FCO Empresarial ocorreu em 2018, passando a ser pós-fixada (IPCA mais percentual fixo, dependendo do porte do contratante). Isso tem elevado os encargos financeiros devido à alta inflacionária recente e inviabilizando investimentos a longo prazo. Para corrigir o problema, a Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) tem dialogado com o setor produtivo em interlocução com a Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) e chegaram a uma proposta.
Até setembro, já haviam sido contratados R$ 1.232 bilhão em recursos do FCO no Estado, tendo ainda outros R$ 949 milhões em fase de análise e contratação no Banco do Brasil. O setor rural foi responsável pela contratação de R$ 934 milhões, tendo ainda R$ 527 milhões internalizados no banco para contratação. No setor empresarial o montante contratado era de R$ 298 milhões, além de R$ 422 milhões em tramitação.