Mesmo com o início da vacinação contra o novo coronavírus, o carnaval 2021 será marcado por incertezas e restrições nas comemorações. O período que em anos anteriores chegou a movimentar R$ 50 milhões somente em Campo Grande, tanto na área de alimentação quanto nas compras de itens decorativos, se aproxima neste ano com cenário de vendas menos expressivas. Na Capital, lojistas afirmam que trabalharão apenas com os estoques que restaram do ano passado e projetam negócios tímidos.
De acordo com informações repassadas por Rosane hibari, proprietária da loja Bazar São Gonçalo, no centro de Campo Grande, os produtos carnavalescos tiveram uma alta de 10%, mesmo com a queda na procura registrada neste período. Neste cenário ela pontua que a aposta está sendo para as fantasias infantis, que normalmente são mais compradas mesmo fora do período do carnaval.
“Este ano a procura está menor, mas estão comprando para comemorar em casa. Diante do cenário optamos por trabalhar com o estoque de produtos do ano passado e pedimos apenas as fantasias infantis que estavam faltando. No ano passado o Halloween e o Natal foram muito bons, principalmente na parte de fantasias infantis e alguns itens de decoração, então pode ser que nos próximos dias a procura melhore”, revelou.
Segundo Rodrigo Costa, gerente da loja Giga, também localizada no centro da Capital, neste ano a procura está muito baixa, algo que já era esperado, e por isso decidiu por não comprar novos produtos e aumentar o estoque. Contudo, afirma que nos próximos dias, com a aproximação da data, alguns clientes possam vir a comprar.
“Até agora, a procura está zero, ninguém veio atrás, ninguém procurou por fantasias e acreditamos que este segmento de fantasias será bem parado neste carnaval. Por isso não compramos nenhum produto novo, estamos trabalhando apenas com o que já havia na loja e o que restou do ano passado. De repente, a situação pode melhorar nos próximos dias, o pessoal ainda está com receio, mas pode melhorar”, explicou.
A Fecomércio-MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) informou que, mesmo o carnaval sendo considerado uma festividade, não é considerado, segundo o calendário nacional, como um feriado. Por isso o comércio funciona normalmente sem ensejar pagamento de horas extras ou compensação de folga. Mesmo assim, o setor deverá seguir o correto, cumprindo todas as normas de biossegurança conforme o que determinam as resoluções municipais quanto às regras de distanciamento, horário de funcionamento e assepsia.
(Texto: Michelly Perez)