O Corredor Bioceânico Rodoviário “Brasil, Paraguai, Argentina e Chile” segue com obras em andamento e avanços diplomáticos. Segundo um representante do Ministério das Relações Exteriores, o mega projeto pode estar finalizado até 2023 – isto é, daqui a pouco mais de dois anos.
Em entrevista a uma emissora de televisão campo-grandense, João Carlos Parkinson de Castro, ministro da carreira diplomática da pasta federal, afirmou que o prazo final dependerá do ritmo das obras.
“Ainda falta a construção da ponte entre Porto Murtinho [em MS] e Carmelo Peralta [no Paraguai], esperada para ter início no primeiro semestre de 2022, além das obras do segundo trecho da Transchaco, que irão de Loma Plata [região do Boquerón] até a fronteira brasileira”, explicou.
Segundo ele, serão 350 quilômetros em estradas. “Mas eu acredito que em até três anos tudo isso será plenamente realizado”, constatou.
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Cronograma de obras também segue em ritmo acelerado no Paraguai. Foto: Ministerio de Obras Públicas y Comunicaciones
Negociação alfandegária
Com relação aos acordos diplomáticos entre Brasil, Paraguai e Chile, João Carlos esclareceu que as tratativas alfandegárias “seguiam bem”, até que veio a pandemia de COVID-19.
“Entretanto, aceleram os entendimentos no que diz respeito a identificação de novos fluxos de comércio e carga. É importante que os governos locais pressionem os governos centrais, de que eles estejam mais ‘conscientes’ que a integração territorial e aduaneira provocará novos investimentos”, opinou.
Sobre alguns dos benefícios da Rota Bioceânica, “serão variados”, de acordo com o diplomata. “A começar pela assinatura de dois convênios já no mês de dezembro, na área de turismo e comércio, que irão agrupar pela primeira vez na história os 79 municípios de MS, oito do Paraguai, cinco da Argentina e dois do Chile. Obviamente, isso irá gerar renda, emprego, investimentos e novos fluxos de carga. Ainda, reduzirá tempo e custos logísticos”.
O Corredor Bioceânico Rodoviário terá mais de 2 mil quilômetros de extensão cruzando o Brasil até seu destino final: a ligação do Atlântico brasileiro aos portos do oceano Pacífico.