Locatários flexibilizaram condições para segurar inquilinos com dificuldades em razão da crise financeira
A pandemia ressignificou a vida financeira de muitos trabalhadores. Em Campo Grande, o setor imobiliário contabiliza que, pelo menos, quatro em cada dez contratos de aluguéis foram renegociados, segundo informações do Secovi-MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), com descontos que, de acordo com corretores imobiliários, chegam aos 50% dos valores aplicados antes da pandemia. Tudo isso para tentar segurar o “bom inquilino” e fazer com que os locadores consigam minimizar os impactos econômicos e todos os custos necessários para a manutenção do imóvel.
Atuando desde 1980 como corretor de imóveis em Campo Grande, João Nicomedes explica que a pandemia provocou a redução de até 50% dos preços praticados por aqueles que alugam imóveis comerciais. Mesmo assim, afirma que o cenário não foi diferente para os imóveis residenciais, nos quais o inquilino precisa arcar também com as despesas de taxas de condomínio.
“Houve renegociações principalmente de aluguéis comerciais. Nos aluguéis residenciais tivemos em um percentual menor, com destaque para aqueles que moram em condomínios e apartamentos, pois possuem a despesa de condomínio, que em alguns casos
chegam a R$ 2 mil, dependendo da localização. Basicamente, os empresários optam por essa modalidade para receber pelo menos o valor do IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano]”, contou.
Para os próximos meses, o corretor ressalta que será necessário repensar a forma de viver. Com pelo menos 15 contratos de alunos que estavam na cidade para estudar, o fechamento das universidades e faculdades provocou uma onda de entregas de apartamentos.
(Confira mais na página A7 da versão digital do jornal O Estado)