Mais de dois mil trabalhadores devem voltar a ter renda com a reabertura dos comércios nas fronteiras entre Paraguai e Brasil, prevista para hoje (29), em Pedro Juan Caballero. No entanto, mesmo antes do decreto oficial, comerciantes de aproximadamente 300 lojas da cidade vizinha de Ponta Porã decidiram reabrir a fim de ir aquecendo a economia.
O funcionamento ficará em teste por três semanas. “Algumas lojas decidiram abrir de repente. O povo já não quer nem saber, já não aceita mais nenhum papo do governo”, disse Victor Hugo Barreto, presidente da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço de Pedro Juan Caballero. De acordo com ele, atualmente, mais de 200 lojas estão fechadas. “Não quer dizer que, com a reabertura da fronteira, todas as lojas vão reabrir. Muitos quebraram, alguns estão sem investimentos, tem vários motivos”, explica.
O prefeito de Ponta Porã, Helio Peluffo, diz que não é contra a reabertura, mas ressalta que não é a favor de promoções. “Eu não sou contra a reabertura. Sou contra a movimentação de gente do Estado para cá. Já deixei claro que se anunciarem baixo preço, vou tomar minhas providências. A rodovia será bloqueada e toda mercadoria será apreendida”, adianta.
Com isso, o prefeito teme novo surto de coronavírus (COVID-19) na cidade. “Todos os feriados tiveram alto índice de coronavírus em Ponta Porã. Não dá para movimentar gente aqui. Estamos com 90% das UTIs lotadas. Daqui a pouco tem que escolher quem fica e quem sai. Estou muito preocupado com isso”, enfatiza.
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(Texto: Izabela Cavalcanti)