MS tem meta de ampliar total de árvores já prontas para extração
Com 22,6 mil hectares cultivados em Mato Grosso do Sul, a heveicultura, ou o plantio de seringueiras para a produção de látex, está em franco crescimento. Em 2018, existiam no Estado 11,2 milhões de pés de seringueiras, com 1.631.620 árvores em produção, ou o equivalente a 14,48% do total. Para este ano a meta é de que a produção suba para 4.427.938 árvores produzindo. Ou seja, aumento de 170% na colheita da matéria- -prima da borracha.
A estimativa da Secretaria de Produção de MS (Semagro) é de que 1.383 pessoas sejam empregadas na sangria em 2020. A conta leva em consideração o trabalho de 1 pessoa a cada 3.200 árvores. O cultivo está presente em 29 municípios de MS, sendo que os 5 maiores são Cassilândia (7.126 hectares), Aparecida do Taboado (3.564 ha), Paranaíba (1.996 ha), Inocência (1.975 ha), Paraíso das Águas (1.305 ha).
Como a planta não é tolerante às geadas, os cultivos estão distribuídos e com maior concentração na região centro- -norte de Mato Grosso do Sul.
A extração do látex da seringueira é minuciosa e, apesar de exigir equipamento simples, algumas técnicas e cuidados específicos influenciam na produtividade de cada árvore. A atividade que não tem muito segredo. A estrutura utilizada para sangria de seringueiras é composta por um recipiente, que lembra uma caneca, um arame de mola, que acompanha o crescimento em diâmetro da planta, e uma bica, cuja finalidade é encaminhar o “leite” para a caneca.
O diferencial está nos detalhes, e o clima é um deles. “A sangria é realizada no período mais fresco do dia. Quanto mais agradável a temperatura, maior será a produção, já que o calor faz com que o leite coagule mais rapidamente. De madrugada a árvore fica mais tempo ‘pingando’. Tem seringueiro que começa a extração à meia noite, por exemplo”, ressalta a engenheira florestal e instrutora do Senar-MS Daniela Sabino.
Em Mato Grosso do Sul, a sangria de uma árvore tem início a partir do oitavo ano de vida. Esta é a idade em que a seringueira possui um volume maior e, segundo a instrutora, quando compensa começar a extração. A circunferência ideal do tronco é de 50 centímetros, sendo que a casca deve ter 6 milímetros de espessura.
Um diferencial no Estado que vem ganhando espaço é a abertura em 1/3 de espiral na árvore, o chamado painel de extração, ao passo que a maioria realiza a abertura em ½ espiral. “O método é algo novo em nosso estado e traz benefícios. Pois permite que a extração seja realizada por tempo em casca virgem. Devido ao painel ser menor, o seringueiro consegue obter uma sangria mais rápida e um número maior de plantas”, explica.
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