A T&F Consultoria Agronômica não acredita em volta para baixo dos preços do trigo para a safra 2019/20: “Daqui para frente, só para cima, lenta e gradualmente, por diversos motivos”, comentam os analistas de mercado da T&F.
Um dos motivos seria as quebras de volume 1,2 mil toneladas no Paraná e de qualidade no Rio Grande do Sul, ao redor de 400 mil toneladas, reduziram fortemente a oferta de trigo para moagem no Brasil. Esta redução da oferta favorece a aquisição de trigo importado da Argentina, Uruguai e Paraguai.
As circunstâncias da Argentina não estão favoráveis para a compra nem de trigo em grão, nem de farinhas, pois uma enquete feita entre os moinhos do RS e no PR mostrou grande receio de falta de trigo argentino para a próxima safra.
Além disso, após a proibição de entrada de trigo russo nos portos abaixo do Rio de Janeiro, as melhores alternativas para os moinhos gaúchos e paranaenses são comprar trigo e farinhas do Uruguai e do Paraguai, cujos mercados continuam abertos e a preços razoavelmente competitivos.
Os analista recomendam aos que não puderam comprar matéria prima no mercado físico, quer por falta de espaço, quer por falta de capital de giro, o ideal é proteger-se da alta praticamente inevitável comprando contratos de opções ou OTCs nos mercados futuros, utilizando para isto algo entre 5% e no máximo 8% do que usariam para comprar mercadoria física.
Com isto é garantido custos menores de matéria prima e lucros maiores, mesmo vendendo farinha a preços um pouco menores. (João Fernandes com Agrolink)