No último mês (novembro), os preços dos alimentos no mundo tiveram grandes aumentos impulsionados por saltos nas cotações de carnes e óleos vegetais, apesar de valores ligeiramente mais baixos dos cereais, informou a agência de alimentos das Nações Unidas nesta quinta-feira.
De acordo com o índice de preços dos alimentos da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar, atingiu uma máxima de 26 meses em novembro.
O indicador atingiu média de 177,2 pontos, alta de 2,7% em relação ao mês anterior e um aumento de 9,5% ante o mesmo período do ano passado.
O índice de preços da carne registrou seu maior aumento mensal desde maio de 2009, subindo 4,6% ante outubro, para 190,5 pontos, com a carne bovina e ovina avançando mais fortemente, impulsionadas pela demanda da China e maior consumo de final de ano.
Já o índice de preços de óleo vegetal subiu 10,4%, para 150,6 pontos, atingindo seu ponto mais alto desde maio de 2018, liderado por valores mais firmes do óleo de palma, que se fortaleceram com a forte demanda de importação, maior uso de biodiesel e preocupações com possível escassez.
O índice de preços dos cereais caiu 1,2%, para 162,4 pontos, com grandes ofertas de exportação e forte concorrência entre os produtores mundiais, pesando nos preços do trigo.
Os preços do arroz caíram para mínimas de seis meses, à medida que novas colheitas aumentaram a pressão. O índice de preços do açúcar ficou em média 181,6 pontos, alta de 1,8% em relação a outubro, liderado pelas expectativas de maior demanda.
(Texto: Karine Alencar com informações da Reuters)