Os petroleiros suspenderam a greve da Petrobras, iniciada no dia primeiro deste mês, para iniciar uma nova rodada de negociação com a direção da estatal, sob a intermediação do ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Ives Gandra.
O presidente da estatal, Roberto Castello Branco, antecipou, porém, que os contratos de trabalho vão ser suspensos, independentemente da negociação de sexta (21).
Ele afirmou também que a empresa tem capacidade de suportar uma greve de longo prazo e classificou como “terroristas” uma parcela dos manifestantes que supostamente teriam coagido um ex-funcionário que havia sido contratado para a equipe de contingência.
A suspensão da greve, que durou 20 dias, foi definida na tarde desta quinta-feira (20), após indicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), segundo fonte. Se não houver um acordo, o sindicato vai indicar a retomada do movimento.
Os primeiros desligamentos na Ansa iriam acontecer no dia 14 de fevereiro. Mas foram suspensos até o início de março por determinação do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), para que também o sindicato local retome a conversa com a direção da empresa.
Ao contrário dos sindicatos, que falam em 1 mil desempregados, a estatal reconhece responsabilidade pelos 396 contratados diretos. “Não existe essa história de 1 mil empregados. O restante é dos fornecedores”, disse Castello Branco.
(Texto: João Fernandes com IstoÉ)