Pesquisa do O Estado mostra variação de até 88% em itens da cesta básica de Campo Grande

Foto: Roberta Martins
Foto: Roberta Martins

Hortifrutis continuam puxando a instabilidade no custo da cesta básica, segundo levantamento feito em seis redes de supermercados

A nova pesquisa semanal realizada pelo O Estado sobre o custo da cesta básica em Campo Grande revela que o bolso do consumidor segue sujeito a fortes oscilações. Entre os produtos analisados, a cebola voltou a ser o item com maior disparidade de preços, alcançando uma diferença de 88% entre o menor e o maior valor encontrado nos supermercados da Capital. O quilo do produto, vendido a R$ 1,59 em uma das redes, chega a custar R$ 2,99 em outra.

No setor de proteínas, o frango congelado, um dos principais substitutos da carne bovina na mesa do consumidor, registrou variação de R$ 8,29 a R$ 13,89 o quilo, diferença de 67,5%. A amplitude mostra que, mesmo com queda nos custos de produção e menor pressão sobre os insumos agrícolas, os preços ao consumidor seguem desuniformes.

Entre os produtos industrializados, o achocolatado Nescau (370g) oscilou de R$ 8,98 a R$ 14,99, também com diferença próxima de 67%, enquanto o sal Cisne (1kg) foi de R$ 2,99 a R$ 4,99, um acréscimo de 66,8%. Já o óleo de soja, que teve meses de estabilidade, começa a dar sinais de recomposição gradual, sendo encontrado de R$ 7,49 a R$ 7,99.

No grupo dos básicos, arroz e feijão mantêm relativa estabilidade, com variação inferior a 15%. O arroz tipo Lautério (5kg) custa entre R$ 13,29 e R$ 18,39, enquanto o feijão Bem-Te-Vi (1kg) aparece de R$ 4,99 a R$ 7,49. São produtos que têm garantido certa previsibilidade ao consumidor, mesmo diante das flutuações de outros itens da cesta.

Outro destaque é o café 3 Corações (500g), encontrado de R$ 29,89 a R$ 34,90. Embora a diferença pareça menor, ela representa cerca de 17%, percentual relevante em um produto de alto consumo e que, por ser sensível às cotações internacionais do grão, pode variar de acordo com o preço do café verde e custos de torrefação.

Hortifrutis seguem pressionando

Os produtos in natura continuam sendo os principais responsáveis pela instabilidade semanal no custo da cesta. Além da cebola, a variação no preço do tomate, que vem oscilando fortemente nas últimas semanas, mantém o grupo de hortifrutis como o mais sensível às condições climáticas e à sazonalidade da produção.

A oferta irregular em algumas regiões produtoras e o custo do transporte impactam diretamente os valores observados nas gôndolas. Essa volatilidade é uma das razões pelas quais o consumidor percebe “a conta do supermercado” diferente a cada semana, mesmo comprando os mesmos itens.

A pesquisa do O Estado é realizada semanalmente em seis redes de supermercados de Campo Grande com base em produtos de marcas padronizadas, nas mesmas especificações e quantidades.

Por Djeneffer Cordoba

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