O Ministério da Economia informou nesta terça-feira (28) que 536.845 brasileiros pediram o seguro-desemprego no mês de março. O número representa uma alta 11,1% na comparação com o mês de fevereiro deste ano. Quando comparado a março de 2019, esse dado representa uma queda de 3,5% nos pedidos de seguro-desemprego.
Na primeira quinzena de abril, foram 267.693 pedidos de seguro-desemprego, uma queda de 13,8% em relação ao ano anterior.
O secretário de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, informou que ainda há cerca de 200 mil pedidos represados. São pessoas que têm direito ao benefício, mas ainda não solicitaram.
— Tínhamos preocupação com uma explosão do desemprego. Nós não verificamos isso. Por enquanto, não verificamos um aumento no número de pedidos de seguro-desemprego, que demonstra para nós que a situação está parecida com o ano passado. Isso é uma notícia muito boa — disse o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys.
O governo divulgou essa informação para alardear que as medidas tomadas contra o coronavírus salvaram empregos formais no Brasil. Entre elas, está na Medida Provisória 936, que permitiu a redução de salários com proporcional redução de jornada de trabalho durante três meses.
Esse é o primeiro dado oficial sobre os impactos da crise causada pelo novo coronavírus no mercado de trabalho formal. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com os dados sobre carteira assinada, por exemplo, não é divulgado desde dezembro, porque o governo alterou critérios de cadastro dessas informações.
Por outro lado, as agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de estados e municípios estão fechadas por conta do coronavírus. Antes da crise, essas agências estaduais e municipais respondiam por uma média de requerimentos acima de 80%.
(Texto: Agência O Globo)