“O setor público é um ator decisivo no processo de desenvolvimento sustentável da Amazônia. O fundo atuará em respeito às prioridades nacionais e aos interesses soberanos de cada país. Mas não podemos abrir mão da versatilidade, da inovação e da capacidade de investimento da iniciativa privada, que será fundamental na realização de projetos”, disse Bolsonaro.
Esta foi a fala nesta quinta-feira (18), do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) durante lançamento da Iniciativa Amazônia, na 61ª Reunião Anual do Conselho de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo da iniciativa é da apoio as atividades econômicas inclusivas e sustentáveis para a região e vai incluir um fundo para o financiamento de projetos.
Este é um desdobramento do Pacto de Letícia pela Amazônia, um documento assinado em 2019 por presidentes de países da região com séries de medidas para enfrentar as consequências dos desmatamentos e das queimadas no local. A proposta foi uma iniciativa do governo brasileiro ao BID.
“Com poucos recursos internacionais disponíveis aos países em desenvolvimento, precisamos garantir que os projetos financiados pelo fundo gerem resultados positivos e concretos, sem atrasos, desperdícios ou desvios de verba”, disse o presidente. Na reflexão de Bolsonaro há um equilíbrio que precisa ser encontrado para o desenvolvimento sustentável e o fim do desmatamento ilegal e isto está na valorização da economia amazônica e da melhoria da qualidade de vida da população local. “Criação de empregos, produtos e serviços que utilizem de modo sustentável os recursos da floresta”, incluiu o presidente.
Também usando a fala, o ministro da Economia, Paulo Guedes, explicou que a proposta original era estabelecer uma plataforma para captação de doações para a Amazônia e foi mantida, inclusive para a captação de recursos do setor privado. “Olhando a frente, precisamos ampliar as oportunidades de bioeconomia, desenvolver cadeias produtivas com alto potencial de agregação de valor e melhorar a integração entre o setor produtivo e as instituições de pesquisa e desenvolvimento”, avaliou.