Pessoas em vários países, principalmente na América Latina, verão sua renda se estagnar ou diminuir este ano, disse a Organização das Nações Unidas na quinta-feira (17).
Segundo o relatório “Perspectivas da Situação Econômica Global”, o crescimento das maiores economias da América Latina, Brasil, Argentina e México, foi muito menor que o esperado em 2019, quando o PIB (Produto Interno Bruto ) da região cresceu apenas 0,1%, contra 0,9% no ano anterior.
A desaceleração no Brasil e nos outros países foi acentuada, diz o informe, e uma “recuperação lenta e acidentada é projetada para os próximos dois anos”. A ONU espera um crescimento de apenas 1,3% no PIB da região este ano e de 2% em 2021.
Segundo o informe, a desaceleração do comércio mundial e os preços mais baixos das commodities levaram à contrações na produção de minério e produtos agrícolas no Brasil, no Chile e no Paraguai. A crise econômica argentina também afetou as economias desses países.
Assim, a entidade projeta um crescimento de 1,1% este ano e 2% no ano que vem no continente. Uma década após a crise financeira, a economia global permanece lenta e as tensões comerciais e geopolíticas podem prejudicar ainda mais a recuperação, disse a ONU.
A economia mundial se expandiu apenas 2,3% no ano passado, seu ritmo mais lento em uma década, e poderá crescer 2,5% em 2020 se os riscos negativos forem afastados, informou um relatório da ONU. (O Globo com João Fernandes)