A nova lei do setor do saneamento aprovada pelo Congresso em junho vai mudar a cara dos serviços de tratamento de água e esgoto no país ao longo dos próximos anos. Para especialistas, as novas regras vão fomentar investimentos não só das empresas já presentes nesse mercado, como também atrair companhias de outros ramos de atividades.
A mudança permite a entrada de empresas privadas em todo o país, não só companhias públicas. Isso inclui empresas brasileiras e estrangeiras, de países como China, França e Espanha.
Para profissionais que acompanham o setor, as concessionárias de energia e de estradas, locais e estrangeiras, são fortes candidatas a entrar no mercado de saneamento, passando a concorrer com as empresas de água e esgoto que já atuam no setor. Esse interesse será compartilhado por grupos locais e estrangeiros, de olho em um negócio de centenas de bilhões de reais.
O analista da gestora de recursos Perfin, Marcelo Sandri, compilou dados que apontam que o faturamento anual do setor de saneamento no Brasil é da ordem de R$ 65 bilhões, chegando a R$ 135 bilhões quando incluídos os investimentos, as receitas e os impostos. Segundo ele, o valor estimado de mercado de todas as estatais de saneamento no Brasil se privatizadas é da ordem de R$ 140 bilhões.
(Texto: Uol)