Os produtores de soja do Mato Grosso do Sul estão liberados para iniciar o plantio da nova safra a partir desta quarta-feira (16), quando termina o vazio sanitário da cultura. Em relação à safra anterior a Associação dos Produtores de Soja e Milho de MS (Aprosoja/MS), estima aumento de área plantada de aproximadamente 7,55%, passando de 3,389 milhões para 3,645 milhões de hectares.
O levantamento do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (SigaMS) estima aumento de 2,35% no volume de produção de grãos, passando de 11,325 milhões de toneladas na safra 2019/2020 para 11,591 milhões de toneladas na safra 2020/2021. A expectativa é de que produtividade desta próxima safra fique na casa das 53 sacas por hectare.
Segundo a entidade o maior volume semeado deve ser os dias 9 e 30 de outubro devido a escassez de chuvas em setembro. Não chove há mais de 100 dias no estado. “Essa média de produtividade ainda está subestimada, diante da necessidade de se avaliar como será o comportamento do início da semeadura, especialmente diante da variável clima, em um ano bastante seco e que necessita de maior quantidade de pluviometria para se desenvolver”, esclarece o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.
Mesmo antes de iniciar o plantio cerca de 45% da soja já foi comercializada. O preço médio futuro para março/2021 é de R$ 106,33 enquanto para maio 2021 é de R$ 107,71, isto significa que, grande parte dos produtores não está recebendo 130 reais pela saca da soja. “É interessante esclarecer que apesar das cotações recordes, esses valores que visualizamos não está nas mãos dos produtores, mas de quem tem comercializado, como tradings e cooperativas”, explica Dobashi.
O custo de produção total 2020/2021 teve em média um aumento de 6% em relação ao custo de 2019/2020. A variável principal responsável por esse custo foram as sementes, com um aumento médio de 15%.
A elevação dos preços de insumos para safra 2020/2021 ocorreu principalmente pela desvalorização do real em relação ao dólar. Ao mesmo tempo que essa desvalorização impulsionou a exportação, trouxe custos mais elevados para o produtor rural.
De acordo com Aprosoja/MS a demanda pela oleaginosa sul-mato-grossense se dá principalmente pela China, cerca de 70% da exportação da soja do estado abastece o país chinês.
(Com informações: Aprosoja MS)