A redução da taxa de juros que agora em agosto completará um ano em decréscimo têm impulsionado o mercado imobiliário. Em agosto de 2023, a taxa Selic era de 13,75% e após sete quedas consecutivas dos juros, ela se estabilizou em 10,50%, menor índice desde fevereiro de 2022 e que foi mantida na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, no dia 31 de agosto.
A manutenção da taxa Selic era aguardada pelo setor imobiliário. Para a presidente do Sindimóveis (Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de MS), Luciana de Almeida, a baixa dos juros favorece também outros setores interligados. “Os empregos na construção civil continuam aquecidos com a alta dos lançamentos imobiliários, que continuam se destacando nos resultados pelas facilidades oferecida aos investidores e pela inovação tecnológica”, explica.
Apesar dos juros continuarem ainda altos, o aumento do teto do Minha Casa Minha Vida que teve uma injeção recorde de recursos, além de novas opções de subsídios como o bônus Moradia, do Governo do Estado, facilitou também o acesso à aquisição da casa própria.
Em Campo Grande, os novos empreendimentos estão mudando os vazios urbanos da capital. Na região da Vila Planalto, próxima do centro, a Cesari Engenharia comemora a venda de 500 apartamentos, dos 792 que serão construídos no Condomínio Belas Artes.
“Quatro, das 13 torres já estão sendo erguidas e estão na construção do segundo pavimento.
Estamos na fase de acabamento da área gourmet e do salão de festas. Já foi instalada também a caixa d`água com capacidade de 130 mil litros e hoje temos cerca de 210 colaboradores”, disse o Sinomar Pereira, diretor de Planejamento da empresa Cesari Engenharia.
Também, na região da Vila Planalto, a Jooy incorporadora está construindo quatro torres que somam cerca de 200 apartamentos e em estudo na Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), outro condomínio na mesma quadra, da Hub Incorporações com cerca de 200 apartamentos, começou os estudos de impacto de vizinhança.
Para a presidente do Sindimóveis, o fato da capital fazer parte da Rota Bioceânica, que ligará o centro-oeste aos portos do Chile, faz com que os olhos de investidores se voltem para o Mato Grosso do Sul. “Os investimentos, tanto para a compra, venda ou locação já estão acontecendo e isso só vai aumentar com a Rota Bioceânica. Quando a gente fala em momento certo para investir em imóveis, o que a gente tem que falar como profissional? Momento certo sempre é agora. Por quê? Porque o valor do dinheiro pode diminuir com o passar dos anos e quando você faz um bom investimento em imóvel, só tende a valorizar.”, finaliza Luciana de Almeida.
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