O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou ontem ao jornal O Estado que o pedido feito pelo Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sicadems) ainda está sendo analisado pela área técnica. Ao jornal O Estado, o ministério informou que o tema está sendo tratado entre os Ministérios da Agricultura do Brasil e do Paraguai e, se aprovado, valerá para qualquer empresa que cumpra os requisitos sanitários estabelecidos.
“Será necessário a assinatura de um memorando de entendimentos para cooperação em matéria de saúde animal para garantir a troca de informações sanitárias e ações conjuntas em questões de vigilância nos municípios de fronteira e nos pontos de ingresso em cada país”, diz parte da resposta.
Ainda de acordo com o Mapa, o Paraguai é um país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa com vacinação em todo o seu território. Diante disso, cumpre todas as exigências brasileiras para poder importar carne bovina, no entanto ainda não está autorizado. Recentemente, foi autorizada a importação de gado vivo do Uruguai.
Cautela
A importação de bovinos em pé do Paraguai deve ser vista com mais cautela. A opinião é do presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Alessandro Coelho, que se pronunciou segunda-feira (8) e que discorda da importação de gado do país vizinho, Paraguai, pelas indústrias frigoríficas sul-mato-grossenses, que confirmam a falta de animais locais para abate.
O presidente considera o tema uma pauta delicada, e diz que compreende a situação dos frigoríficos e suas necessidades, mas que o assunto requer cautela. “Trata-se de uma questão a ser pensada e analisada, tendo em vista que por várias vezes os pecuaristas de Mato Grosso do Sul foram prejudicados pelas altas dos preços no Paraguai e, nunca ocorreu exportação de gado para o Paraguai, quando houve falta de oferta no país vizinho”, esclarece.
(Texto: Rosana Siqueira)