Maioria dos comércios da Capital estará aberta durante o Carnaval

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Foto: Nilson Figueiredo

Com a chegada do Carnaval, comerciantes de várias regiões do Brasil estão revisando suas táticas e expectativas para tirar proveito do aumento nas vendas que a festa traz. A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) prevê que a festividade gere R$ 12,03 bilhões em receitas no país, refletindo um crescimento real de 2,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior, já descontando a inflação.

Para a confederação, o crescimento está intimamente ligado ao aumento do número de turistas estrangeiros, favorecido pela variação cambial e pela rica diversidade cultural que o Brasil oferece. Se a previsão se concretizar, este será o melhor carnaval desde 2015, segundo a declaração da Confederação.

Em Campo Grande, os comerciantes estão determinados a aproveitar as oportunidades e obter lucros durante as festividades. Uma pesquisa realizada pela CDL CG (Câmara dos Dirigentes Lojistas) revela que 70% dos empresários de vários segmentos do varejo optaram por manter suas lojas abertas. Por outro lado, 30% escolheram fechar os estabelecimentos durante o período de celebração.

Em nota, o presidente da CDL, Adelaido Vila, ressalta que a decisão sobre a abertura ou fechamento do comércio é uma prerrogativa exclusiva dos empresários, uma vez que o Carnaval não é considerado feriado na cidade. “É fundamental esclarecer tanto para os empresários quanto para os funcionários que o Carnaval só é reconhecido como feriado se uma lei municipal específica for instituída. Como não existe uma norma desse tipo na Capital, a responsabilidade recai sobre o empregador, que pode decidir pelo funcionamento ou fechamento das lojas nesse período, além de poder negociar acordos com os colaboradores.”

Com base nas pesquisas realizadas pela CDL, as celebrações de Carnaval em 2025 devem impulsionar o comércio de Campo Grande, aumentando a movimentação entre 15% e 20% em relação ao ano anterior. Segundo estimativas, em 2024, a movimentação financeira atingiu R$ 20 milhões, e para 2025, projeta-se um total entre R$ 23 milhões e R$ 24 milhões. Diversos fatores estão influenciando este panorama, incluindo o fato de que a data do Carnaval coincide com o período de pagamento de salários. Ademais, a maioria das famílias com filhos em idade escolar já estará de volta das férias. Outro aspecto relevante é a organização e o fortalecimento dos blocos de rua, permitindo que todos, independentemente de sua situação financeira, possam aproveitar o Carnaval.

Já voltado as movimentações nacionais, os dados da CNC indicam que os gastos dos turistas em bares e restaurantes devem se destacar como a principal fonte de receita do carnaval, com uma previsão de R$ 5,4 bilhões. Em seguida, estão os serviços de transporte de passageiros, estimados em R$ 3,31 bilhões, e a hospedagem, com R$ 1,28 bilhão. Juntas, essas áreas representarão 83% do total arrecadado pelo turismo durante as festividades.

Por João Buchara

 

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