Comércio e indústria de bens de consumo se preparam para uma retomada das vendas neste fim de ano. Juros em queda, inflação baixa, maior oferta de crédito, recuperação do emprego, ainda que lentamente, e a liberação de recursos extras do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) são fatores que dão sustentação para o crescimento da produção e das vendas no último trimestre.
Além disso, o consumo, especialmente de itens de maior valor, que ficou represado por causa da crise, pode deslanchar com a conjuntura favorável.
Por conta desse cenário, o varejo espera que o faturamento real do Natal aumente neste ano 4,8% em relação a 2018, descontada a inflação. Se a previsão da Confederação Nacional do Comércio (CNC) se confirmar, será o melhor desempenho em seis anos. “Não descarto a possibilidade de revisar para 5% a projeção”, diz o economista-chefe da entidade, Fabio Bentes. Essa foi a taxa de crescimento alcançada em 2013.
Pesquisa feita no mês passado pela CNDL e pelo SPC Brasil mostra que 77% dos brasileiros adultos, quase 120 milhões de pessoas, pretendem ir às compras neste fim de ano. Isso significa que quase R$ 60 bilhões vão girar na economia só por conta da compra de presentes. (João Fernandes com Metrópoles)