Governo federal prevê beneficiar 1,6 milhão de famílias com novas faixas de renda e taxas reduzidas
Com a expectativa de atender 1,6 milhão de famílias até 2024, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) lançou ontem (25) o programa Casa Verde e Amarela, uma reformulação do anterior Minha Casa Minha Vida. Além de mudanças como a redução nas taxas de juros, a iniciativa vai proporcionar a regularização fundiária para 40% das famílias da faixa 1, com as menores rendas, assim como oferecer a obtenção de recursos para a reforma e ampliação de imóveis. O setor imobiliário do Mato Grosso do Sul comemorou a medida e afirma que trará bons frutos, principalmente na geração de empregos em todo o Estado.
Assim como no programa anterior, o Casa Verde e Amarela será dividido em faixas de acordo com a renda de cada família. A primeira delas (faixa 1) atenderá a famílias com renda de até R$ 2 mil; na faixa 2 estarão aqueles cuja renda varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil; e o último grupo (faixa 3) será para famílias com renda entre R$ 4 mil e R$ 7 mil.
Quando se observam as taxas de juros, as regiões Norte e Nordeste serão contempladas com a redução de 0,5 ponto percentual para as famílias do grupo 1. Já para os da faixa 2, os juros terão corte de 0,25 ponto, podendo chegar a até 4,25% ao ano para as demais classificações de renda, tendo em conta que tais regiões, segundo o governo federal, possuem um histórico de desenvolvimento menor. Nas demais regiões do país, o valor aplicado será o de 4,5% ao ano.
Para Marcos Augusto Netto, presidente do Secovi-MS (Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul), dois pontos precisam ser destacados nesse novo projeto. O primeiro deles é que, com os R$ 25,5 bilhões em recursos já anunciados, o setor terá uma previsibilidade maior para realizar investimentos. O segundo é que as taxas de juros menores possibilitarão que mais famílias tenham acesso ao financiamento, enquadrando, assim, até aquelas que anteriormente não conseguiam realizar o sonho da casa própria.
“O Minha Casa, Minha Vida estava sem recursos, e agora o governo já fixou e designou R$ 25,5 bilhões para o programa. Esse é o ponto mais importante, pois as construtoras terão previsibilidade na execução das obras. Isso automaticamente vai gerar empregos, pois a construção civil é uma locomotiva e, com os recursos e dando segurança para as empresas, elas vão empregar. Além disso, a queda nas taxas de juros vai possibilitar que a prioridade dos brasileiros, que é a compra da casa própria, seja consolidada”, explicou.
(Confira mais na página A7 da versão digital do jornal O Estado)