Isolamento social estimula leitura e dobra procura nas livrarias

Com crianças sem aulas presenciais há quatro meses, títulos infantis são os mais visados das prateleiras

Que a pandemia modificou e trouxe novos hábitos para a população é um fato. Em Campo Grande, o comércio sofreu os reflexos da queda nas vendas, que nos últimos meses provocou a demissão e o fechamento de muitas lojas. Contudo, para o setor de livrarias, tanto de itens novos quanto usados, o período trouxe uma nova possibilidade de vendas, que no caso dos livros infantis chegou a dobrar nos últimos meses, ajudando, assim, a recuperar as perdas da comercialização de livros educacionais.

Do outro lado da moeda, livrarias dos shoppings da cidade afirmam que a redução nos horários de atendimento e limitações de capacidade máxima no interior do local estão dificultando as comercializações, que já são 40% menores.

Daniel Freire proprietário, da livraria Daniel, localizada no Centro, descreve a pandemia como um momento de resinificação da leitura e comemora que, enquanto muitas lojas na região central da Capital não resistiram à crise provocada pela queda nas vendas, seu negócio já está sendo inclusive ampliado para dar conta de atender a todos os clientes.

“A pandemia ajudou, sim, nas nossas vendas, princialmente para aqueles clientes do grupo de risco e pais com crianças em casa, que buscaram e despertaram o interesse pela literatura. Tanto é que enquanto outras lojas estão fechando a gente tá ampliando, mesmo que tivemos uma queda na venda de livros educacionais com o fim das aulas presenciais, as pessoas têm lido mais”, comenta.

“Em relação à procura por livros, ela acontece em sua maior parte por livros usados, pois além do preço ser inferior, ainda tem o lado emocional de resgatar nos livros mais antigos essa memória afetiva”, continuou Freire.

O empresário relembra ainda que a leitura se tornou uma grande oportunidade de estreitar os laços familiares por meio de um momento entre filhos e pais.

“Em um dia de frio em casa, um livro que não custa tanto e pode até ser comprado usado, pode enriquecer o seu entendimento, os seus filhos, estreitar os laços familiares. Além disso, hoje em dia temos as séries de televisão, que provocam uma procura maior pelos livros, já que neles eles encontram a história com detalhes ainda maiores”, pontuou.

Acesse a reportagem completa e outras notícias de economia na Edição Digital do Jornal O Estado MS

(Texto: Michelly Perez/Publicado por João Fernandes)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *