Segundo dados divulgados hoje (11), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do mês de abril foi de 1,06%, ficando abaixo da taxa de março, de 1,62%, mas sendo o índice mais alto para o mês desde 1996 (1,26%). Já a inflação acumulada em 12 meses chegou a 12,13%, acima dos 12 meses anteriores. Também é a maior desde outubro de 2003, que foi de 13,98%. O acumulado no ano chegou a 4,29%.
Campo Grande
A capital ficou com a terceira maior inflação do país empatando com Belém e Brasília, todas com 1,21% de variação no mês de abril, atrás apenas de Rio de Janeiro (1,39) e de Aracaju (1,36%). Já a inflação acumulada saiu de 12,06% para 12,85%.
Na inflação anual, Campo Grande já registra 4,69% nos primeiros 4 meses, de janeiro a abril. Em relação ao mesmo período no ano passado, a inflação recuava 0,84%, diferente de agora, que apresenta aumento.
Grupos pesquisados
Nos grupos de produtos e serviços pesquisados, dos nove, oito tiveram alta nos preços. Os alimentos tiveram o maior impacto na inflação oficial de abril, com 2,06%. O grupo de transportes teve alta de 1,91%, sendo o segundo principal responsável. Juntos, os grupos foram responsáveis por 80% da inflação mensal.
O pesquisador do IBGE, André Almeida, explicou sobre os itens que puxaram o aumento dos preços. “Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Houve alta de mais de 10% no leite longa vida, e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%), o tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%), pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%)”, disse Almeida.
Dentro de transportes, os combustíveis tiveram aumento de 3,20%, em destaque a gasolina, com 2,48%. Outros grupos que tiveram alta foram saúde e cuidados pessoais (1,77%), vestuário (1,26%), artigos de residência (1,53%), despesas pessoais (0,48%), comunicação (0,08%) e educação (0,06%).
Apenas um grupo registrou queda nos preços, a habitação (-1,14%), em razão da queda de 6,27% no preço da energia elétrica.
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