De acordo com a pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o ICF (Índice de Consumo das Famílias) da capital ficou em 96,1 pontos em abril, ainda na zona negativa (abaixo de 100 pontos) e com retração de 1,6% em relação a março.
“Percebemos que os impactos da inflação fazem com que o consumidor fique mais cauteloso porque percebe uma retração em seus rendimentos”, explica o presidente do Instituto de Pesquisa da Fecomércio, Edison Araújo.
De acordo com a pesquisa, houve uma queda de 5% no indicador quanto às perspectivas profissionais e de 3,4% na avaliação de renda atual. As compras de bens duráveis, como eletrodomésticos ou automóveis, teve retração significativa, de 6,6%.
Quanto à renda atual, 32,6% dos entrevistados apontam melhoras em relação ao mesmo período do ano passado; 14,1% informam ter piorado e a maioria, 53,3%, falam em estagnação.
“Nesse momento de pouco dinheiro circulando, inflação alta e valores dos alimentos mais caros, quem tem dinheiro de sobra investe em alimentação. Nos próximos dias, o incremento é no varejo de rua, nos bairros e no centro. Em todos os setores, há movimentação e a roda gira porque depois, o cliente ainda passa no supermercado”, disse o presidente da CDL-CG (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande), Adelaido Vila.