A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara convocou nesta quarta-feira (9) o ministro da Economia, Paulo Guedes, para prestar esclarecimentos ao colegiado. O ministro será questionado sobre as projeções do governo para os gastos previdenciários.

A Comissão de Fiscalização e Controle quer ouvir o ministro da Economia sobre as projeções do governo para os gastos da Previdência. Segundo requerimento do deputado Leo de Brito (PT-AC), técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União) teriam identificado distorções bilionárias nas projeções do governo. Com isso, as despesas projetadas para as aposentadorias dos servidores estariam supervalorizadas, enquanto as despesas com a previdência dos militares inativos estariam subdimensionadas.

A presença de Guedes é esperada, a convite, na comissão desde 4 de maio. Na ocasião, ele não compareceu porque participou de audiência pública de outros colegiados da Câmara, mas disse que responderia aos questionamentos dos deputados da Comissão de Fiscalização Financeira nesta 4ª feira (9.jun). Hoje, porém, não compareceu novamente.

Segundo o Ministério da Economia, Guedes cancelou a ida à comissão porque teve uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro. O ministro indicou que poderia marcar uma nova data para comparecer ao colegiado. Porém, havia acordo na comissão que, em caso de falta, ele seria convocado.

A convocação o obriga a comparecer e foi pautada pelo presidente da Comissão de Fiscalização Financeira, Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ). O deputado disse que houve uma quebra de acordo por parte do governo e afirmou que o colegiado poderia aproveitar a ida de Guedes para pedir esclarecimentos sobre as novas parcelas do auxílio emergencial.

Não é a 1ª vez neste ano que o colegiado convoca um ministro do governo. O general Walter Braga Netto foi convocado depois da troca dos comandantes das Forças Armadas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anulou a convocação. Em 28 de abril Braga Netto foi convocado novamente.