Reunião está prevista já para segunda-feira
O governo de Mato Grosso do Sul decidiu abrir uma “agenda positiva” para discutir com comerciantes e lojistas da Capital medidas para ajudar a recuperar os prejuízos sofridos pelo setor, em razão das restrições impostas para impedir a disseminação da COVID-19. As medidas de cunho econômico devem ser alinhadas na próxima semana, em reunião marcada para segunda-feira (29), às 8h.
A decisão foi tomada ontem (25) durante reunião entre o secretário estadual de Governo, Sérgio Murilo, junto ao presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande (CDL-CG), Adelaido Vila, que logo depois seguiu para a Prefeitura de Campo Grande para outra reunião.
“Se trata de uma agenda conceitual. Vamos levar os pedidos e colocar em cada secretaria correspondente. O que pudermos atender nós vamos atender. Nós entendemos a preocupação deles e nesta conversa propomos uma agenda positiva, que vai começar a partir da próxima quarta-feira (31), quando iremos fazer um fatiamento das contribuições que cada pasta do governo poderá contribuir com o setor”, explica o secretário.
No entanto, o presidente da CDL diz que solicitou a presença do prefeito Marquinhos Trad para ir até o governo já para o começo da semana. “Na mesma hora pegou o telefone, ligou para o governo e agendou para as 8h, de segunda-feira, uma reunião com o governo para saber como podemos flexibilizar esse decreto. Nós solicitamos que fosse junto conosco até o governo, uma vez que o prefeito pretende seguir o decreto do Estado. E esse decreto representa a morte do varejo e nós não aguentamos, não temos como suportar um novo lockdown. A tensão que a gente vive é muito grande, nós estamos vendo todos os dias empresas quebrando”, enfatiza Vila.
Sérgio Murilo destacou ainda que o decreto foi necessário e todos precisam compreender, mas que o governo do Estado também tem como objetivo minimizar e equilibrar os danos dos contribuintes e da sociedade.
Redução de impostos
A direção da CDL destacou que foi pedida a reavaliação do decreto publicado no fim da tarde de quarta-feira (24), que na visão dele seria um verdadeiro lockdown. Outro pedido é para que também sejam
repensadas as questões dos tributos estaduais. “É importante ressaltar que a nossa parte tem sido feita, não só como pagadores de tributos, mas principalmente adotando todas as técnicas de biossegurança, trazendo toda uma mudança comportamental”, relata o presidente da CDL.
No pedido do representante da Associação das Academias de Mato Grosso do Sul (AAMS), Joni Guimarães, ao prefeito, foi dito que com a volta desses espaços de ginástica muitas vidas poderiam ser salvas.
“As academias podem ajudar a diminuir os números de infectados, as academias podem diminuir a quantidade de pessoas doentes. É inadmissível a ferramenta que o senhor tem nas mãos e está deixando passar. As academias salvam vidas, as academias têm de abrir”, disse o representante da AAMS.
Para representar as academias, Joni também estará presente na reunião com o governador. “O prefeito também entende que as academias estão ajudando no combate da doença nessa pandemia. Iremos até o governador, eu estarei presente nesssa reunião para falar com o governador representando as academias”, ressalta.
Mais medidas
A partir de hoje (26) começam a ser vigentes as novas medidas de restrição em Mato Grosso do Sul, que seguem até 4 de abril. O documento prevê a proibição de atividades e o funcionamento de serviços consiserados não essenciais.
Apenas 45 atividades estão permitidas no período do decreto. O comércio em geral está proibido de funcionar, exceto as atividades essenciais. Além disso, está permitido delivery para todos os segmentos econômicos.
Fica proibida a circulação de pessoas e veículos, realização de atividades e o funcionamento de serviços e empreendimentos de segunda a sexta-feira, das 20h às 5h. Aos sábados e domingos, das 16h às 5h.
(Texto: Izabela Cavalcanti com Rosana Siqueira)