Em Mato Grosso do Sul, os gastos com salários, retiradas e outras remunerações aumentaram 117,6% nos últimos dez anos, passando de R$ 1,64 bilhão em 2012, para R$ 3,56 bilhões, em 2021. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na comparação com 2020 (R$ 3,08 bilhões), houve aumento de 15,7%. Na comparação com 2019 (R$ 3,13 bi), anterior à pandemia, houve aumento de 13,8%. Dentre os setores, dois segmentos se destacaram na concentração dos valores destinados a esta variável: Serviços profissionais, administrativos e complementares, com R$ 1,27 bilhões, e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com R$ 946 milhões. Neste último, destaque para o segmento do Transporte rodoviário, que concentrou, sozinho, R$ 687 milhões dos gastos com salários, retiradas e outras remunerações.
O salário médio mensal nas empresas prestadoras de serviços caiu de 1,7 salário-mínimo (sm), em 2012, para 1,6 sm em 2021. A redução se deu em quase todos os segmentos, com exceção de Outras atividades de Serviços (de 1,5 sm em 2012 para 2,2 sm em 2021). O setor de Serviços de informação e comunicação mostrou a maior queda, com redução de 2,4 sm para 2,0 sm, entre 2012 e 2021.
Receita bruta
O setor de serviços não financeiros de MS tinha, em 2020, receita bruta de R$ 22,31 bilhões. Para 2021, o aumento registrado foi de 29,3%, chegando a 28,85 bilhões. Se comparado a 2019, o aumento é de 36,69%. Em 2012, tal receita era de R$ 12,26 bilhões, representando um aumento de 135,8% em uma década. A atividade com maior participação em receitas foi Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (R$ 12,69 bilhões), responsável por 44,0% das receitas.
Dentro deste, o setor de Transporte rodoviário ganha destaque, com R$ 8,63 bilhões de receita. Nas demais atividades, os Serviços de informação e comunicação foram responsáveis por R$ 5,85 bilhões, seguido pelos Serviços profissionais, administrativos e complementares, R$ 4,88 bi, Serviços prestados às famílias, com R$ 2,97 bilhões, outras atividades de serviços, com R$ 1,56 bilhões e Serviços de manutenção e reparação, com R$ 339,9 milhões.
São Paulo ainda é a Unidade da Federação (UF) com maior receita (R$ 1,05 trilhões), sendo responsável por 44,4% do montante nacional (R$ 2,37 trilhão). Mato Grosso do Sul registrou a 14ª maior contribuição (1,2%) para o número nacional. A menor contribuição veio do Amapá, com R$ 1,73 bilhão de receita bruta.
Empresas
Em 2021, o setor de serviços tinha 19.810 empresas, apresentando um crescimento de 4,07% em relação a 2020, período marcado pela pandemia de covid-19 (19.034 empresas). Comparado ao de 2019, período pré-pandêmico, houve um crescimento de 14,72% (17.267). Já em comparação com o ano de 2012, o número de empresas cresceu cerca de 43,34% (13.820). A atividade com o maior número de empresas foi Serviços profissionais, administrativos e complementares (6.880), seguido pelos Serviços prestados às famílias (4.806) e Transportes, Serviços auxiliares aos transportes e correio (2.765).
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