Valor mínimo encontrado pelo jornal O Estado foi de R$ 5,67; após a última alta, combustível subiu R$ 0,10
A gasolina já pode ser encontrada, em alguns postos, com valores acima dos R$ 6 em Campo Grande. Esse preço foi encontrado ontem em pesquisa realizada pelo jornal O Estado em alguns postos da região central da Capital e nos bairros. Contudo, após o último reajuste anunciado pela Petrobras, o combustível subiu em média R$ 0,10.
A pressão de alta ocorreu um dia após o anúncio (quinta) da estatal brasileira, que controla o preço dos combustíveis fósseis e renováveis no país. De acordo com a Petrobras, o preço da gasolina já subiu nas refinarias em 3,3%. É o segundo aumento consecutivo, após corte realizado em junho. O preço do diesel não terá elevação.
Segundo a estatal, o reajuste médio é de R$ 0,09 por litro, elevando o preço de venda em suas refinarias a R$ 2,78 por litro. Até chegar aos postos, o valor ainda é acrescido de impostos e margens de distribuidores e postos.
Para verificar se essa alta já tinha reflexo de alta na Capital, a reportagem percorreu dez postos de combustíveis, entre a região central e bairros periféricos. Em alguns estabelecimentos, tanto no Centro quanto nos bairros, o preço médio variou em torno de R$ 5,78.
Porém, em ao menos dois postos, foram verificados valores acima dos R$ 6. Por exemplo, em um estabelecimento localizado próximo do Aeroporto Internacional de Campo Grande, o valor do combustível foi verificado a R$ 6,09, em pagamentos à vista ou no débito. Já na modalidade a prazo, ou seja, no cartão de crédito, o preço vai para R$ 6,29, um aumento de R$ 0,20.
Já o menor preço encontrado foi identificado na Avenida Júlio de Castilho. Nesse local a gasolina era vendida à vista pelo valor de R$ 5,67. Já em relação aos postos localizados nas rodovias que passam pela Capital, o preço permaneceu na média e foi cotado, em média, a R$ 5,78.
Pesquisa ANP
Em Mato Grosso do Sul a previsão do Sindicato dos Postos de Combustíveis era de que o valor fosse acrescido de R$ 0,07 por litro, algo que não foi verificado pela reportagem, já que o acréscimo foi de R$ 0,10, analisado por ela. Nesta semana, a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) apontava que no Estado o custo médio da gasolina era de R$ 5,828, com valor mínimo de R$ 5,569 e o maior a R$ 6,330.
Já na Capital, o preço médio foi encontrado a R$ 5,744, o menor a R$ 5,565 e o maior a R$ 5,929. Em nota divulgada ma última quarta (11), a Petrobras destacou qual sua contribuição para o preço médio final da gasolina, que passará a ser de R$ 2,03 por litro, já que o produto vendido nos postos recebe 27% de etanol anidro.
O reajuste é anunciado mais de um mês após a última alta, reforçando a percepção de que a Petrobras reduziu a frequência de ajustes de preços após a posse do general Joaquim SIlva e Luna no comando da companhia.
Nos comunicados de reajustes dos combustíveis, a Petrobras afirma ainda que segue buscando equilíbrio com o mercado internacional, mas que “busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”.