Futebol MS: Cota da Copa do Brasil anima o Pantanal

Lance entre Ivinhema e Pantanal em jogo do Sul-Mato-Grossense - Foto: Polygon Fotografia
Lance entre Ivinhema e Pantanal em jogo do Sul-Mato-Grossense - Foto: Polygon Fotografia

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A ampliação das vagas de Mato Grosso do Sul nas competições nacionais, confirmada pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no novo calendário do futebol nacional, já começa a alterar o planejamento dos clubes do Estado. A mudança, válida a partir de 2026, não se limita ao aspecto esportivo, mas representa um impacto direto no orçamento, na gestão e nas metas de investimento das equipes locais.

Pelo novo modelo, anunciado pela CBF no início do mês, o futebol sul-mato-grossense passa a ter três vagas na Copa do Brasil e duas na Série D do Campeonato Brasileiro, uma a mais em cada torneio. Elas serão preenchidas conforme a classificação final do Estadual 2025. Assim, o campeão Operário, o vice-campeão Ivinhema e o terceiro melhor colocado Pantanal, representarão o Estado na Copa do Brasil, enquanto os dois primeiros também disputarão a Série D.

No caso do Pantanal SAF, a conquista da vaga inédita na Copa do Brasil já provocou mudanças internas. Segundo o presidente Mazinho Ribeiro, o clube iniciou uma reavaliação para a próxima temporada. “O orçamento já estava definido, mas com essa bonificação que a CBF faz para os participantes da Copa do Brasil, a gente vai pensar em readequar e aumentar ainda mais o orçamento. A ideia é fazer um Estadual forte e representar bem o Mato Grosso do Sul passando, no mínimo, por duas fases”, afirmou.

Injeção no elenco
Em 2025, a CBF pagou R$830 mil apenas pela participação na primeira fase da Copa do Brasil, que teve Operário e Dourados AC como representantes do Estadp. Clubes que avançaram receberam R$1 milhão na segunda etapa e R$2,3 milhões na terceira. As premiações chegam a R$77 milhões para o campeão que, neste ano, será decidido entre Cruzeiro, Corinthians, Vasco e Fluminense.

O dirigente revelou que o clube retomou negociações com jogadores que haviam sido descartados por motivos financeiros. “A gente estava em conversas com alguns atletas com valor um pouco maior e voltamos a conversar pensando na Copa do Brasil. Isso vai ajudar a melhorar o nível técnico da equipe”, explicou Mazinho.

Além da possibilidade de reestruturação financeira, o presidente acredita que a ampliação de vagas mudará o perfil dos campeonatos regionais. “Com o aumento das vagas para a Série D e para a Copa do Brasil, o Estadual fica mais atrativo e disputado. Os clubes agora têm um motivo a mais para investir e se estruturar. Além dessas competições, ainda tem a Copa Verde e o Campeonato Centro-Oeste. É um novo momento para o futebol do Estado”, avaliou.

“O Pantanal já vem se preparando para esse novo cenário, inclusive com o futebol feminino. Caso a gente avance de fase, esse fluxo financeiro maior vai fortalecer o clube como um todo”, finalizou Mazinho.

Ivinhema aguarda confirmação
Já o Azulão do Vale, classificado para as duas competições nacionais, prefere cautela. O presidente João Rodrigues afirmou à reportagem que aguarda confirmação oficial da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul). “Não quero falar de Série D por enquanto, porque eu não recebi nada oficial. Quando eu receber um comunicado falando que o Ivinhema é o legítimo dono da vaga, falarei sobre o assunto”, disse.

Na Série D, as cotas também representam um atrativo. Em 2025, os clubes receberam R$ 458 mil pela simples participação, além de R$170 mil na segunda fase e R$250 mil aos finalistas. Os valores devem ser reajustados no novo formato proposto pela CBF, que prevê aumento gradual nas premiações e distribuição mais equilibrada dos recursos.

Por Mellissa Ramos

 

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