As vendas externas do setor agropecuário brasileiro totalizaram US$ 11,24 bilhões em fevereiro de 2025, apresentando uma redução de 2,5% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, conforme dados divulgados pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária). Apesar da queda nos embarques de produtos tradicionais, como a soja e seus derivados, houve um aumento na exportação de itens menos convencionais para o mercado internacional.
Entre os destaques, os óleos essenciais de laranja alcançaram US$ 37,1 milhões nos primeiros dois meses do ano, registrando um crescimento de 14,9%, impulsionado pela demanda na União Europeia e na China. A pimenta piper seca também teve um desempenho significativo, atingindo US$ 49,2 milhões no período, um aumento de 146,6%, reflexo do interesse global por produtos diferenciados e de maior valor agregado.
As sementes oleaginosas, com destaque para o gergelim, movimentaram US$ 33,7 milhões em exportações, um crescimento de 213,8%, impulsionado pela procura da Ásia e do Oriente Médio. O setor de sucos também apresentou expansão, com um aumento de 77,8% nos embarques para mercados exigentes. Já o melão registrou exportações de US$ 29,6 milhões, um avanço de 57,1%, reforçando a relevância das frutas brasileiras no comércio exterior.
A diversificação das exportações contribui para fortalecer a economia nacional, criando novas oportunidades comerciais e minimizando riscos. Segundo um instituto especializado, a ampliação da oferta de produtos e a conquista de novos mercados são essenciais para aumentar a competitividade e a resiliência do agronegócio brasileiro.
O crescimento das exportações de produtos menos tradicionais é resultado de um esforço conjunto entre setores público e privado, com foco na segurança sanitária, promoção comercial e expansão para mercados estratégicos.