Com 1,124 milhão de hectares de florestas cultivadas hoje, Mato Grosso do Sul é o 3º produtor de eucaliptos do Brasil e se prepara para novos tempos no setor florestal. Com processos produtivos mais estabilizados, o segmento aposta na vinda de mais uma fábrica de celulose, a quarta de MS, em Ribas do Rio Pardo. A promessa é de que o anúncio da Suzano ocorra ainda neste primeiro semestre, mas a notícia já movimenta há tempos o mercado de plantio e de viveiros de mudas no Estado.
E tanta preparação não é para menos. De acordo com o diretor da Reflore-MS, Dito Mário, a maior parte do maçico está situado na Costa Leste. “Cerca de 950 mil hectares estão em nove a dez municípios do Estado, principalmente os situados na Costa Leste. Por isso grande parte do maciço está bem colocado numa região estratégica onde se localizam as fábricas de celulose”, salientou. Os demais 200 mil hectares estão distribuídos em outras regiões de MS.
Para 2021 ele prevê grandes desafios para o setor. “Nossa atividade é essencial, precisamos de celulose pars produtos que vão de máscaras, a aventais e fraldas. Embalagens de papelão. Ou seja nosso segmento é considerado essencial no país”, enfatizou.
Exportações
Os produtos florestais foram responsáveis por 30,30% das das exportações sul-mato-grossenses no ano passado. As vendas ficaram à frente das exportações de carnes, que representaram por 18,98% das comercializações.
No ano passado o agronegócio respondeu por 96,03% do total exportado em MS, que ficou em US$ 5,58 bilhões em receita, com crescimento de 11,65% na comparação com 2019. Os dados são da Famasul, e constam no 5º boletim de Florestas plantadas. A Costa Leste de MS, responde pela maior parte deste maciçp de florestas e a abrange as regiões de Campo Grande até a divisa com o Estado de São Paulo.
Segundo o Boletim, em 2020 a celulose representou mais de 98% das exportações de produtos florestais, em termos de volume financeiro, com um total de US$ 1,66 bilhão. O resultado colocou o segmento na frente das exportações de papel, com 11,31%, e da madeira, com 0,10%. Na comparação com o volume total de 2019, entre janeiro e dezembro de 2020, o montante total das exportações atingiu US$ 1,691 bilhão, ficando 14,8% menor.
Assim como nos anos anteriores, o maior comprador dos produtos florestais de MS ficou por conta da China com uma participação próxima de 60%. Em seguida, aparecem os Estados Unidos com um total de 11,23%, acompanhados pela Itália com 6,63%. mesmo que a receita total tenha sido 14,8% menor que a registrada no mesmo período do ano passado (US$ 1,691 bilhão), e quando se analisa o volume de exportações é possível observar uma alta de 6,37%.
(Texto: Rosana Siqueira e Michelly Perez)