A Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), indicou que, em novembro, o número de famílias endividadas em Campo Grande passou para 61,6%, contra os 62,8% do mês anterior. Com isso, a cidade contabiliza pelo menos 183.520 famílias endividadas, das quais 98.304 já estão com contas em atraso, e outras 42.497 afirmam que não terão condições de pagar suas dívidas. Com tal cenário e a aproximação do mês de janeiro, especialistas destacam a importância de ter um planejamento financeiro para não entrar em 2021 na inadimplência.
De acordo com a análise, no comparativo anual, o indicador registrou aumento de 2,5 pontos percentuais. Tendo como principal responsável por tal alta o cartão de crédito, que continua sendo o principal meio de endividamento, citado por 76,9% dos entrevistados. Em seguida estão os carnês, financiamento de carro e crédito consignado, sendo que este último superou o financiamento de casa. A pesquisa também aponta que o maior índice de endividados está entre os que recebem até 10 salários-mínimos. Nessa faixa de renda, 64,6% informaram ter compromissos parcelados, ao passo que, entre os que estão em faixa de renda superior, o índice é de 45,8%.
Segundo a a economista Zaida de Andrade Lopes Godoy, em primeiro lugar é importante conhecer sobre a diferença entre adimplência e inadimplência. O primeiro é designado para o estado de quem cumpriu com todas as obrigações que lhe cabiam dentro de uma relação, já o segundo é o estado de quem não cumpriu todas as suas obrigações. Sendo que este último pode trazer muitos prejuízos para o consumidor.
(Texto: Michelly Perez)
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