Eldorado Brasil Celulose pretende investir R$ 890 milhões em MS; 88,9 km de rodovias vão unir Três Lagoas a Aparecida do Taboado

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A empresa Eldorado Brasil Celulose apresentou o 24º pedido de nova ferrovia no Programa Pró Trilhos. Com investimento de R$ 890 milhões e 88,9 km de extensão, o projeto da ferrovia está entre os municípios de Três Lagos e Aparecida do Taboado, interior de Mato Grosso do Sul. O empreendimento será destinado ao transporte de carga estimada em 1,7 milhões de toneladas de celulose por ano.

O Pró Trilhos foi criado por meio da  Medida Provisória 1.065, que autoriza empresas privadas a investirem na construção de ferrovias. No Brasil, os pedidos de investimento para escoar a produção representam R$ 100,92 bilhões. Estão previstos 7.590,69 km de extensão em novos trilhos, cruzando 14 estados brasileiros.

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De acordo com o Ministério de Infraestrutura, ao todo, 13 investidores privados respondem pelas solicitações apresentadas à União até o momento. As empresas apresentam interesse em entrar no setor de transporte ferroviário ou ampliar sua atuação no segmento graças ao programa.

Lançado na programação do “Setembro Ferroviário”, o Pró Trilhos concedeu 10 autorizações para a construção de 3,3 mil quilômetros de ferrovia. O estado de Mato Grosso do Sul teve autorização para criar 76 quilômetros entre os municípios de Maracaju e Dourados no valor de R$ 2,85 bilhões. A previsão de investimento total fica na ordem de R$ 53 bilhões.

A expectativa é que o Estado consiga acrescentar aproximadamente 50 quilômetros de shortlines, ligando as malhas centrais da Malha Oeste e Ferroeste, que juntas somam aproximadamente 1.900 quilômetros.

Ainda no mês de setembro no Palácio do Planalto, em Brasília, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, apontou a importância de ligar centros de gravidades e produtores a zonas portuárias. Ele destacou o surgimento de shortlines para ligar áreas de produção a ferrovias com aplicação de um marco regulatório ferroviário.

“Vamos fazer uma revolução ferroviária, a maior dos últimos cem anos”, disse. “Quem é que não vai querer fazer a logística de celulose de Ribas do Rio Pardo ou de Três Lagoas para o Porto de Santos de trem?”, emendou o ministro.

 

 

 

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