Por conta da pandemia da covid-19, a economia do Brasil tem sofrido um grande impacto, o fechamento do segundo trimestre sobre o trimestre anterior teve queda recorde de 10,94%, de acordo com o indicador do Banco Central.
Em junho, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apontou alta de 4,9% na comparação com maio, no melhor resultado da série iniciada em janeiro de 2003, alavancado por uma baixa base de comparação.
A leitura também foi melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 4,70% na comparação mensal.
“Para frente, seguimos esperando recuperação sequencial da economia. Ao mesmo tempo, temos de monitorar os riscos para a atividade relacionados à pandemia, a uma deterioração nas expectativas por conta da situação fiscal bem como em torno da retirada de suporte dos programas de governo”, alertou o estrategista-chefe do banco digital modalmais, Felipe Sichel.
O recuo recorde no segundo trimestre soma-se à contração de 1,97% vista no primeiro trimestre ante o período imediatamente anterior
O IBC-Br mostra que o maior impacto das medidas de contenção da Covid-19 foi percebido em março (-6,12% sobre o mês anterior) e abril (-9,62%), meses de perdas recordes. Desde então a atividade vem indicando melhora na base mensal, com alta em maio de 1,6%.
O índice do BC também mostra que a atividade econômica tem um longo caminho a percorrer para retornar aos níveis de fevereiro, antes das paralisações para contenção ao coronavírus. Naquele mês, o IBC-Br foi de 139,80. Em abril, o índice despencou a 118,61, mas avançou em junho para 126,38, em dados dessazonalizados.
O IBGE divulgará os dados do PIB do segundo trimestre em 1º de setembro.
Na comparação com junho de 2019, o IBC-Br apresentou perda de 7,05% e, no acumulado em 12 meses, teve recuo de 2,55%.
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(Texto: com informações do Reuters)