O dólar saltou 1,3% ante o real nesta quarta-feira (15), na alta mais intensa em mais de dois meses, com a moeda brasileira novamente liderando as perdas globais nos mercados de câmbio.
Os dados corroboraram ainda mais apostas de cortes de juros. Uma taxa Selic mais baixa reduz a atratividade do real como ativo de investimento, colocando a divisa doméstica em desvantagem em relação a “rivais” como o peso mexicano.
No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 1,30%, a 4,185 reais na venda. É a maior valorização diária desde 8 de novembro de 2019 e o patamar mais alto desde 5 de dezembro do ano passado.
O tom negativo prevaleceu na bolsa paulista nesta quarta-feira e o Ibovespa teve a maior queda desde novembro passado, com novos dados sinalizando um desempenho ainda fraco da economia no Brasil, ditando realização de lucros nas ações, principalmente nos setores de bancos e de consumo.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,04%, a 116.414,35 pontos, maior queda percentual desde 26 de novembro. Ainda assim, o desempenho acumulado em 2020 está positivo, com elevação de 0,67%.
O volume financeiro no pregão somou 32,2 bilhões de reais, em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.
(Texto: Reuters)