A dívida da Petrobras chegou a bater a marca de US$ 101 bilhões este ano, e o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, afirma que tem trabalhado para diminuir o endividamento da empresa.
Desse valor, em setembro, conseguiram reduzir para US$ 90 bilhões a dívida. “Empresa de petróleo não pode se endividar”, disse Castello Branco.
“Estamos perseguindo: criação de valor para o acionista, retorno sobre o capital empregado superior ao custo do capital, redução de endividamento – até setembro conseguimos reduzir em até US$ 21 bilhões, redução de custo, meritocracia, respeito às pessoas e ao meio ambiente e segurança”, destacou.
Além disso, o presidente da Petrobras disse ainda que recebeu boas propostas para aquisição das refinarias que a companhia incluiu em processo de venda. O primeiro bloco é composto pela Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul; pela Presidente Getulio Vargas (Repar), no Paraná; pela Landulpho Alves (Rlam) na Bahia e pela Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Em média, segundo ele, há cinco propostas por refinaria.
“Não estamos querendo que seja um comprador só, até porque existem regras e compromissos. Quem comprar Pernambuco não pode comprar Bahia e vice e versa. Quem comprar Bahia não pode comprar Minas Gerais. Quem comprar Rio Grande do Sul não pode comprar o Paraná e vice e versa. A ideia é evitar os monopólios regionais”, disse.
Segundo Roberto, só terá detalhes sobre o Programa de Desinvestimentos da estatal após o dia 31 de dezembro, uma vez que as vendas dos ativos continuam. “Está indo em um ritmo bom. Evidentemente que eu gostaria de mais velocidade, mas temos que seguir um processo que foi acordado com o TCU [Tribunal de Constas da União] e nós cumprimos rigorosamente essa sistemática que adiciona um pouco de lentidão. Mas é melhor isso do que termos riscos de contestação judicial”, apontou.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)