Procon/MS revela que preços em 2019 variam até 300% no comércio
A briga por clientes no Dia dos Finados é real, e na Capital, donos de floriculturas reclamam que a mudança no perfil do consumidor colocou supermercados e lojas de utilidades na disputa pelas vendas numa das datas que mais movimenta o setor durante o ano. Com espaços cada vez mais amplos, os supermercados deixaram de oferece apenas o básico aos consumidores e agora tem de plantas a ferramentas essenciais para manutenção de jardins.
O vendedor Francisco Élio, da Floricultura Jardim do Édio, diz que há dez anos a competição pelos clientes era menor. “Vemos que as vendas estão caindo a cada novo ano, principalmente, porque os supermercados estão vendendo diversas opções de flores. Em 2010, a gente tinha um aumento de vendas de mais de 500%, mas não perdemos a esperança de vender este ano e vemos sim que tem uma procura maior nos dias que antecedem a data. Se em dias normais vendemos 70 vasos, na semana do Dia de Finados vendemos cerca de 210”, explica.
Já a vendedora Francieli Cardozo, da Floricultura Marrocos, ressalta que, mesmo com uma procura maior durante a semana, os clientes nunca perdem a mania de comprar no dia e em cima da hora. “Vendemos principalmente flores e crisântemos, mas este ano os clientes estão pesquisando muito os preços, em busca de comprar gastando menos. Mesmo assim esperamos um aumento de 70% das nossas vendas”, declara.
Na floricultura Flor do Campo, localizada na rua Rui Barbosa, a gerente Daiane Castelari afirma que a expectativa é muito boa, e se as vendas seguirem o mesmo ritmo das do ano passado, o momento será muito importante. “Não vamos abrir o dia todo no sábado, mesmo assim, a expectativa é muito boa. Infelizmente, para nós essa data é de uma grande importância do ponto de vista econômico. Os clientes sempre deixam para última hora, esperamos a nossa maior movimentação para o dia anterior e no dia dos Finados”, ressalta.
Com tanta variação, o jeito é pesquisar
Pesquisa realizada pelo Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) revela que o preço de artigos usados na data variam até 300% na Capital. Um vaso médio de Calandiva, a mais comum nas lojas por possuir diversas variações de cor, pode sair por R$ 10,00 na floricultura Holanda e até por R$ 40,00 na Monte Líbano.
Um vaso grande a flor kalanchoe é outro exemplo de diferença exacerbada (257,14%). O mesmo produto que sai por R$ 60,00 no Jardim do Édio pode ser encontrado por R$ 15,00 na Holanda. Na comparação com o ano passado, o levantamento revelou que 22 dos produtos pesquisados estão mais baratos este ano chegando a -51,10% no caso da flor cíclame. Contudo, dez dos mesmos apresentaram aumento de até 11,36 %, como a begônia.
As menores variações nas floriculturas foram identificados na flor Antúrio, que tem diferença de até 42,86%. Na floricultura Holanda um vaso médio sai a R$ 35,00, já na Marrocos R$ 50,00. Já a coroa de flores varia bastante a depender do tamanho. No caso de um arranjo médio, a diferença chega a 40%, entre os R$ 250,00 cobrados na floricultura Pequena Flor até R$ 350,00 na Marrocos.
Nos supermercados, as maiores variações encontradas foram: (258,94%) na Vela 7 dias com preço entre R$ 7,38, no Walmart, até R$ 26,49 no Extra Hipermercado, na rua Maracajú; (112,64%), na flor Kalanchoe (vaso grande) custando entre R$ 7,99 no Carrefour, até R$ 16,99 no Comper Ypê, da avenida Mascarenhas de Moraes. Nas menores variações estão: (11,01%) Gerbera (vaso médio) com preço entre R$ 9,90, no Comper, até R$ 10,99, no Extra, e (11,88%) na vela n°03 (8 unidades) que variou entre R$ 5,89, no Walmart, até R$ 6,59, no Carrefour.
(Texto: Michelly Perez)