A taxa de desocupação subiu para 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 12,3 milhões de desempregados, segundo a PNAD Contínua, divulgada nesta terça-feira (31) pelo IBGE. O aumento, na comparação com o trimestre terminado em novembro (11,2%), interrompeu dois trimestres seguidos de quedas estatisticamente significativas no desemprego.
De acordo com o instituto, é normal que haja a interrupção de queda no desemprego no início do ano. Técnicos explicam que o recuo se dá normalmente em janeiro, mas neste ano foi registrado no trimestre encerrado em fevereiro.
A taxa de desocupação não veio do comércio –setor que, tradicionalmente, costuma demitir no início do ano. Há um aumento da taxa de desemprego relacionada ao fim dos contratos temporários firmados no fim do ano para o Natal.
A queda na taxa de ocupação foi puxada pelos setores de construção (-4,4%), administração pública (-2,3%) e pelos serviços domésticos (-2,4%).
A taxa de informalidade caiu de 41,1% no trimestre de setembro a novembro de 2019 para 40,6% nos 3 meses encerrado em fevereiro. O percentual corresponde a 38 milhões de pessoas sem carteira de trabalho.
Apesar da queda de postos informais, o IBGE não registrou aumento do número de empregos com carteira assinada. A taxa ficou estável em 2% no trimestre, representando 33,6 milhões de pessoas.
(Texto: IBGE com Poder 360)