O Indicador de Custos Industriais, que acompanha os custos das empresas do setor do Brasil, caiu 0,9% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, de acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgados nesta segunda-feira (16).
Em comparação com o mesmo período de 2018, a redução foi de 2,1%. Conforme a confederação, a redução foi influenciada pela queda nos custos tributário e de capital. e provocou aumento de lucro e de competitividade industrial tanto no mercado doméstico quanto no externo.
Na comparação com o segundo trimestre, o componente custos tributários teve redução de 3,9% menor, influenciado pelo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas), que teve uma expansão maior em proporção ao aumento da arrecadação.
“A retração do custo tributário pode estar relacionada ao fato de a arrecadação tributária não ocorrer simultaneamente à produção, o que faz com que, em momentos de retomada do crescimento da produção, o PIB industrial cresça antes da arrecadação”, diz estudo da CNI.
Para a economista da CNI, Maria Carolina Marques, a queda da taxa básica de juros, a Selic, reduziu o custo de captação dos bancos, permitindo que repassem a redução do custo, ao menos em parte, aos tomadores de empréstimo.
Adicionalmente, a queda da Selic reduz a rentabilidade dos títulos da dívida pública, o que faz com que os bancos emprestem menos para o governo e mais para o setor privado, ou seja, para as famílias e para as empresas. O aumento da oferta de crédito também contribui para a redução dos juros”, afirmou.
O terceiro componente do indicador, o Índice de Custo de Produção, apresentou queda de 0,3% influenciada pela redução do custo com energia.
(Texto: Agência Brasil)