O mês de novembro trouxe desafios adicionais para o bolso dos brasileiros, com o aumento no custo da cesta básica em nove das 17 capitais analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Entre as cidades afetadas, destaca-se Brasília, com a maior alta registrada, enquanto Campo Grande se destacou ao apresentar uma queda no preço dos itens essenciais.
Brasília lidera com maior alta; Campo Grande entre as que registraram redução
Na capital federal, o custo médio da cesta básica subiu expressivos 3,06%, sendo a maior variação observada em novembro. Por outro lado, Campo Grande, junto com outras três capitais, viu uma redução nos preços. Natal lidera as quedas, com uma diminuição de 2,55%, seguida por Salvador, que registrou uma queda de 2,17%. Fortaleza teve uma redução de 1,39%, e a capital sul-mato-grossense, Campo Grande, apresentou uma diminuição de 1,20%.
Porto Alegre, por sua vez, foi a única capital que não apresentou variação no custo da cesta, mantendo-se estável em meio às oscilações registradas em outras partes do país.
São Paulo detém a cesta mais cara; Norte e Nordeste com valores mais acessíveis
O levantamento revela que São Paulo é a cidade onde a cesta básica alcançou o maior valor, atingindo aproximadamente R$ 749,28 em novembro. Por outro lado, nas capitais do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta difere, os menores valores médios foram encontrados em Aracaju, por R$ 516,76; João Pessoa, R$ 548,33; e Salvador, R$ 550,86.
Impacto no Salário Mínimo
A pesquisa do Dieese vai além dos números da cesta básica e propõe uma reflexão sobre o impacto desses custos no salário mínimo. Com base no valor mais alto da cesta registrado em São Paulo, a entidade calculou que o salário mínimo ideal no país para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência seria de R$ 6.294,71. Esse valor representa 4,77 vezes o atual salário mínimo, fixado em R$ 1.320.
Consequências para Campo Grande
A queda de 1,20% no custo da cesta básica em Campo Grande pode ser um alívio para os consumidores locais, mas levanta questões sobre os fatores que contribuíram para essa redução. Entender o cenário econômico e as políticas locais pode ser crucial para avaliar a sustentabilidade dessa diminuição e para garantir que a população tenha acesso a alimentos essenciais a preços acessíveis.
Em um momento em que a discussão sobre o salário mínimo ganha destaque, a análise do Dieese aponta para a necessidade de uma abordagem mais abrangente, considerando não apenas a variação nos custos dos alimentos, mas também os outros aspectos que compõem as despesas essenciais de uma família.