Em 2020, os consumidores devem pagar R$ 20,1 bilhões para cobrir subsídios do setor elétrico. O Orçamento da Conta de Desenvolvimento Econômica (CDE) foi aprovado pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira (17).
A estimativa é de que a cobrança tenha impacto médio de 2,36% nas tarifas de energia no ano que vem. Em 2020, o orçamento total da CDE vai somar R$ 21,9 bilhões –alta de 8% em relação a 2019, quando foi de R$ 20,2 bilhões. Além dos recursos pagos pelos consumidores, a CDE também recebe recursos de outras fontes como, por exemplo, de contratos de concessões, multas aplicadas pela agência e recursos da União.
Os valores são cobrados, mensalmente, via conta de luz. Os recursos são usados para custear políticas públicas do setor elétrico como descontos tarifários para famílias de baixa renda, compra de combustível para geração de energia em regiões isoladas e incentivos para fontes alternativas, como eólica e solar.
A alta no orçamento foi pressionada, principalmente, pelos gastos com a compra de combustível para geração de energia em sistemas isolados, como em Roraima. Em 2020, os gastos com essa finalidade vão somar R$ 7,5 bilhões –ante R$ 6,3 bilhões em 2019.
O cenário será o mesmo em 2020, já que as as novas usinas de fontes renováveis e mais baratas contratadas para fornecer energia para o Estado devem entrar em operação apenas em junho de 2021.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações do Poder360)