As compras de supermercado têm pressionado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), mas a carne subiu pouco de janeiro a setembro: 2,55%. Mas a recuperação da economia levará a alta de até 30% em seis meses, disse Maurício Reis Lima, presidente do Friesp (Frigorífico Esperança) e da Acifrigo (Associação Comercial de Indústrias Frigoríficas do Brasil).
Ricardo Nissen, analista técnico da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), disse que a recessão impediu o repasse dos preços ao consumidor. “Em uma situação como a que vivemos, a população facilmente troca a carne por frango ou ovo quando o preço sobe”, afirmou. Neste ano, houve substituição por cortes menos nobres, como fígado e costela, que tiveram alta nos preços. O filé-mignon e o contrafilé tiveram queda no preço.
Nissen afirmou que os brasileiros comem mais carne nos últimos meses do ano. Os mercados futuros estão em alta. O preço arroba (15 kg) para dezembro é 9,4% maior que o atual. Mas ele não tem projeção para o preço da carne no varejo.
No ano passado, houve elevação em novembro no preço do produto também pelas compras da China. Com a peste suína no país aumentou a demanda por carne bovina brasileira. Na época, a economia brasileira crescia, por isso houve repasse ao consumidor. A carne ficou 32,4% mais cara no varejo no acumulado do ano. Mais notícias.
(Com informações: Poder 360)