Com férias escolares, setores como turismo e comércio tendem a crescer

Expectativa é que movimento nos shoppings deve crescer no período de férias escolares - Foto: Divulgação
Expectativa é que movimento nos shoppings deve crescer no período de férias escolares - Foto: Divulgação

Área turística em MS teve crescimento de 11,7% no primeiro trimestre

Com o início das férias escolares de julho, a projeção é que os segmentos de turismo e comércio no Estado registrem crescimento entre 15% a 20% no faturamento, em comparação ao mesmo período de 2024. As expectativas para 2025 são otimistas e apontam um crescimento consistente nas principais atividades ligadas ao período de recesso.

Em julho de 2024, Bonito, um dos principais destinos turísticos do Estado, registrou um recorde histórico de 30.491 visitantes, impulsionado por rotas aéreas diretas de São Paulo e pela atratividade de suas belezas naturais. Para 2025, a expectativa é manter ou até superar esse patamar, sustentada por campanhas de promoção regional e boa infraestrutura de acolhimento.

Para o presidente da Fundação de Turismo, Bruno Wendling, as expectativas para essa época do ano são sempre boas. “A expectativa sempre é boa, férias escolares, meio do ano há uma alta na procura por destinos, especialmente agora em julho, como a Serra da Bodoquena, o Pantanal e a pesca esportiva também tem uma movimentação na procura durante as férias” comenta o presidente.

Em meio a esse cenário positivo, Mato Grosso do Sul se destacou com crescimento de 11,7% no faturamento turístico em março, um dos maiores percentuais entre os estados brasileiros. Esse desempenho demonstra que o Estado tem se consolidado como destino turístico de destaque, com atrativos como o Pantanal e a região da Serra da Bodoquena.

Expectativa para o comércio 

Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Renato Paniago,  o recesso escolar também estimula diversos segmentos. “O setor de turismo, especialmente para agências de viagens, se beneficia com famílias que aproveitam o recesso escolar de meio de ano para planejar viagens. Também há aumento no fluxo de pessoas em shoppings, clubes recreativos e áreas de lazer, o que tende a estimular o consumo em empresas de alimentação fora do lar, cinemas e até no varejo de vestuário, calçados, brinquedos e papelarias”, avalia o presidente.

Ainda assim, o presidente da ACICG ressalta que os impactos das férias não são igualmente positivos para todos os segmentos. “É importante reconhecer que o período de férias escolares também pode prejudicar o comércio local, principalmente em setores que dependem do público rotineiro da cidade, pois muitas famílias viajam e deixam de consumir por um período na cidade; e da clientela escolar, como estabelecimentos localizados próximos às escolas e universidades”, explica Paniago.

Com a expectativa de crescimento em praticamente todos os segmentos do turismo e comércio — de hospedagem e alimentação a eventos e lazer —, as férias de julho se consolidam como período estratégico para a economia sul-mato-grossense.

Para o coordenador regional da Associação Brasileira de Shopping Centers, João Guilherme Braga, o período de férias escolares reflete no fluxo de visitantes. “O período de férias escolares representa uma das principais janelas de alta sazonalidade para o varejo de shoppings, mesmo não estando atrelado a datas comemorativas tradicionais. Historicamente, registramos um aumento significativo tanto no fluxo de visitantes quanto no ticket médio de consumo, especialmente em segmentos como alimentação, lazer e artigos infantis”, afirma Braga.

“Em Mato Grosso do Sul, a expectativa é de que esse movimento comece a se intensificar a partir desta semana de julho, acompanhando o calendário escolar da maioria das redes de ensino”, completa.

 

Gustavo Nascimento

 

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